CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

3 014 - Cavaleiros para mudar e Savimbi em Nova Lisboa


O BC12, visto do lado do Songo, à saída de Carmona. Foto da chegada de Jonas 
Savimbi a Nova Lisboa, do jornal A Província de Angola (em baixo)


Aos 28 dia de Janeiro de 1975, há precisamente 40 anos, o comandante Almeida e Brito voltou ao Comando de Sector do Uíge (CSU), em Carmona, por «necessidade de estabelecimento de contactos operacionais». Já lá tinha estado nos dias 3 e 7, assim como no BC12, a nossa futura casa (a 23), na 1ª. CCAV. 8423, em Vista Alegre (a 5) e na 2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa (a 23).
Os murmúrios quitexanos (e os destas duas subunidades) continuavam a  apontar para «uma nova remodelação de dispositivo», com a indicação que os Cavaleiros do Norte iriam para Carmona, «dado que o BC12, que desde 1961 guarnecia a capital do distrito do Uíge, iria ser extinto». Tal movimento, refere o Livro da Unidade, «está esboçado, mas aguarda ainda a sanção superior, resultante de alterações que a cimeira do Algarve possa impôr».
Neste mesmo dia 28 de Janeiro de há 40 anos, soube-se que, na véspera e em Luanda, tinha sido feita a libertação de António Cardoso, sub-chefe de redacção da Emissora Oficial de Angola e que fora raptado pela FNLA, Entregue pela mesma FNLA no Comando da Região Militar de Angola.
Também a 27 de Janeiro,  Jonas Savimbi, presidente da UNITA, foi recebido em Nova Lisboa e «ovacionado por uma enorme multidão». 
O jornal A Província de Angola - que se publicava em Luanda - dava conta, na sua primeira página da edição de 28 de Janeiro de 1975, que «o dr. Jonas Malheiro Savimbi "leader" da UNITA, chegou esta manhã à capital de Huambo» e que «mais de meio milhão de pessoas, no maior espectáculo que jamais nos foi dado ver, acolheu o "muata" Savimbi».
«Recepção entusiástica e colorida, caridosa, extremamente significativa, não apenas pelo número de pessoas que envolveu, como até pelos cartazes e pelas frases escritas por toda a parte onde houvesse um centímetro de parede branca», relatava o A Província de Angola.

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