CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

3 007 - Cavaleiros do Norte em remodelação e A. Neto em Lisboa

Cavaleiros do Norte há 40 anos. Fernandes (tronco nu), Graciano, um combatente 
da FNLA e Neto (de tronco nu, todos de pé), Rocha, Querido e Cardoso (em baixo). 
Agostinho Neto, presidente do MPLA (foto de baixo)



A 21 de Janeiro de 1975, aumentavam, no Quitexe, os murmúrios sobre «uma nova remodelação do dispositivo militar» dos Cavaleiros do Norte - em consequência da Cimeira do Alvor e que, naturalmente, eram a razão das reuniões de trabalho do comandante Almeida e Brito, em Carmona (na ZMN e BC12), e na subunidades do batalhão. De que aqui temos falado.
O BC12, criado em 1961 - e que desde então guarnecia a capital da província do Uíge (Carmona) -,-«iria ser extinto», como leio no Livro da Unidade, e expectava-se sobre a nossa rotação para lá, mas também para... Luanda! - onde os Cavaleiros do Norte eram desejados!
«O movimento está esboçado, mas aguarda ainda a sanção superior, resultante de alterações que a cimeira do Alvor possa impor», refere o Livro da Unidade.
Ao tempo, os movimentos emancipalistas instalavam delegações nas principais localidades - casos de Quitexe,  Aldeia Viçosa e Vista Alegre - , desenvolvendo «actividades de politização», naturalmente procurando atrair a população para as suas ideias.
Em Lisboa, Agostinho Neto, presidente do MPLA, visitava o Hospital de Santa Maria onde, como médico, trabalhara em 1962, antes de entrar na clandestinidade. «Vou-me embora amanhã, mas vou em condições muito mais favoráveis que há 14 anos», comentou o dirigente angolano que, segundo o Diário de Lisboa de 20 de Janeiro de 1975, deixou Portugal no do seguinte. Hoje se passam 40 anos!
A expectativa (anunciada) era a de que estaria no dia 31 de Janeiro, em Luanda, para «a posse do Governo de Transição».

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