CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 9 de maio de 2016

3 391 - Situação extremamente delicada e grave no Uíge!

Reunião de trabalho em Santa Isabel: os alferes Carlos Silva e Jaime 
Ribeiro, capitão José Paulo Fernandes, comandante Almeida 
e Brito, um civil, capitão José Paulo Falcão e  alferes Augusto Rodrigues
Alcides Ricardo (atirador) e Agostinho Belo
(vagomestre), dois furriéis milicianos da Fazenda
de Santa Isabel, a da 3ª. CCAV. 84233

Há 42 anos, os Cavaleiros do Norte estavam em véspera de terminar o IAO, na Mata do Soares (arredores de Santa Margarida) e expectando sobre o que se passava em Angola, o nosso destino próximo e de chegavam notícias de mais militares mortos.
Três soldados, mortos em combate: José Francisco Barros Marques, de Baiões (S. Pedro do Sul), Manuel Jorge da Silva Heleno, de Vagos e deixando viúva Maria de Fátima de Jesus da Silva; e Venâncio Dinis Albano, de Malanje (incorporação local) 
e ficando viúva Fátima Ferraz.
Notícia do Diário de Lisboa de há 42
anos, com notícia de militares mortos
na Guiné, Angola e Moçambique
Um ano depois, o comandante Nito Alves, do MPLA, comentava que, e citamos, «não vejo possibilidades do cumprimento do Acordo do Alvor» e desfiava o Governo Português, o Alto Comissário em Angola e o MFA para que «tenham coragem de fazer cumprir, às partes intervenientes, as responsabilidades assumidas e a programação resultante» do acordo.
Nito Alves falava na Casa da Angola, em Lisboa, e, confessando-se «sem ilusões» quando a tal cumprimento, apontou o dedo à FNLA, que descreveu como «aliada à reacção europeia instalada e braço armados dos imperialismos americano e europeu». Acrescentou o comandante do MPLA: «Temos notícias de que a situação é extremamente grave e delicada no distrito do Uíge e nas áreas do Caxito, Ambriz e Sazaire».
«Nesta hora em que falo, é muito provável que as operações da reacção esteja a devastar as localidades que apontei», disse Nito Alves a quem o ouvia na Casa de Angola, sublinhando que «simultâneamente está a realizar-se no norte de Angola toda uma operação de captura e enforcamento, por parte do ELNA (o exército da FNLA) contra militantes do nosso partido».
A «nossa» Carmona era (e é) a capital do Uíge. Imagine-se como por lá se sentiam os Cavaleiros do Norte, sempre garbosos e corajosos no cumprimento das suas missões, é verdade, mas simultâneamente alvo de críticas e ataques de opinião, da parte da comunidade civil e nomeadamente da europeia.
A lista de abonos de ração de combate e pão para a
3ª. CCAV. 8423. na IAO e para os dias 6 e 7 de Maio
de 1974. Clicar na imagem para a ampliar
Hoje, recordamos a ordem de serviço que publicou o abono de ração de combate e pão para os Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV, 8434, relativamente aos dias 6 e 7 de Maio de 1974 - há 42 anos. Nela e para alem dos praças, vêem-se os nomes do tenente e e futuro capitão miliciano José Paulo Fernandes (comandante da Companhia), dos aspirantes e futuros alferes milicianos Augusto Rodrigues, Mário José Simões, Luís Pedrosa de Oliveira e Carlos Silva (atiradores de Cavalaria) e 1ºs. cabos milicianos e futuros furriéis milicianos Delmiro Ribeiro, António Flora, Alcides Ricardo, António Fernandes, José Fernando Carvalho, Graciano Silva José Grenha Lopes, Luís Capitão, José Adelino Querido (todos atiradores de Cavalaria) e Victor Mateus Guedes (armamento pesado e falecido a 16/04/1998, de doença e em Lisboa).

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