Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 entraram «em permanente situação de prevenção» simples a 12 de Julho de 1975, devido aos incidentes que se multiplicavam por Angola fora e que, sabe-se lá por que razão, ainda não tinham, felizmente, chegado a Carmona.
A cidade de Carmona, actual Uíge, mesmo assim e a esse tempo, de acordo com o livro «História da Unidade, era território onde «diariamente se verifica-
ram factos que contrariavam a chamada neutralidade activa» e as NT (os Cava-
leiros do Norte) eram «permanente alvo de crítica das populações brancas, as
O Batalhão de Caçadores 12, em Carmona, foi quartel dos Cava- leiros do Norte do BCAV. 8423 |
Era muito injusta esta posição da comunidade branca (europeia), pois em nenhum momento os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 recuaram a qualquer problema que, por razão qualquer, pusesse em causa a segurança de pessoas e bens. De quaisquer raças, cores ou credos.
A FNLA, por esse tempo, afirmava a sua preponderância na zona de acção, em desfavor do MPLA, mas isso era, na verdade, uma «guerra» entre eles, que os comandos das NT - e não só do BCAV. 8423 mas também do Comando Sector do Uíge e da Zona Militar Norte - procuravam atenuar, para isso apelando (e exigindo) permanente acção da exígua guarnição da cidade.
O Victor Vieira, em 2017, com a esposa e o neto |
Vieira, 1º. cabo sacristão,
66 anos na Vidigueira !
O 1º. cabo Victor Manuel da Cunha Vieira foi auxiliar de serviços religiosos da CCS do BCAV. 8423 e festeja 66 anos a 13 de Julho de 2018.
O Vieira, comummente conhecido por Sacristão, acu-
mulou funções, «em regime de escolha», com as de quarteleiro da Companhia, desempenhando-as «com a maior boa vontade, dedicação e honestidade», como refere o louvor proposto pelo capitão António Mar-
O 1º. cabo Vieira em 1974/1975 |
«Voluntarioso, conhecedor das realidades presentes, dada a função que também desempenhou como elemento da Comissão do MFA, soube simultâneamente ser um bom camarada, apre-
sentando ao seu comandante de Companhia tudo o que lhe pareceu merecer correcção», sublinha o louvor, acrescentando que «é merecedor do presente louvor, destacando-se, assim, o auxílio por si prestado ao comando que serviu na sua comissão militar na Região Militar de Angola».
O Vieira é da Vidigueira e lá regressou a 8 de Setembro de 1975. Lá vive e para lá vai o nosso abraço de parabéns pela bonita idade que amanhã festeja!
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