CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 12 de julho de 2018

4 184 - Neutralidade activa e críticas das populações brancas!

Cavaleiros do Norte, todos 1ºs. cabos: Luciano Borges Gomes,
de Leiria (mecânico de armamento ligeiro), Ezequiel Maria
Silvestre, de Almada (atirador de Cavalaria), e Victor Manuel
da Cunha Vieira, da Vidigueira (auxiliar de serviços
religiosos), que amanhã festeja 66 anos!

Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 entraram «em permanente situação de prevenção» simples a 12 de Julho de 1975, devido aos incidentes que se multiplicavam  por Angola fora e que, sabe-se lá por que razão, ainda não tinham, felizmente, chegado a Carmona.
A cidade de Carmona, actual Uíge, mesmo assim e a esse tempo, de acordo com o livro «História da Unidade, era território onde «diariamente se verifica-
ram factos que contrariavam a chamada neutralidade activa» e as NT (os Cava-
leiros do Norte) eram «permanente alvo de crítica das populações brancas, as
O Batalhão de Caçadores 12, em
Carmona, foi quartel dos Cava-
leiros do Norte do BCAV. 8423
quais se sentem marginalizadas e sem receberem quaisquer apoios daqueles que ainda são, como afirmam, os lídimos representantes da Autoridade Portuguesa».
Era muito injusta esta posição da comunidade branca (europeia), pois em nenhum momento os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 recuaram a qualquer problema que, por razão qualquer, pusesse em causa a segurança de pessoas e bens. De quaisquer raças, cores ou credos.
A FNLA, por esse tempo, afirmava a sua preponderância na zona de acção, em desfavor do MPLA, mas isso era, na verdade, uma «guerra» entre eles, que os comandos das NT - e não só do BCAV. 8423 mas também do Comando Sector do Uíge e da Zona Militar Norte - procuravam atenuar, para isso apelando (e exigindo) permanente acção da exígua guarnição da cidade.
O Victor Vieira, em 2017,
com a esposa e o neto

Vieira, 1º. cabo sacristão,
66 anos na Vidigueira !

O 1º. cabo Victor Manuel da Cunha Vieira foi auxiliar de serviços religiosos da CCS do BCAV. 8423 e festeja 66 anos a 13 de Julho de 2018.
O Vieira, comummente conhecido por Sacristão, acu-
mulou funções, «em regime de escolha», com as de quarteleiro da Companhia, desempenhando-as «com a maior boa vontade, dedicação e honestidade», como refere o louvor proposto pelo capitão António Mar-
O 1º. cabo Vieira
em 1974/1975
tins de Oliveira, o comandante da CCS.
«Voluntarioso, conhecedor das realidades presentes, dada a função que também desempenhou como elemento da Comissão do MFA, soube simultâneamente ser um bom camarada, apre-
sentando ao seu comandante de Companhia tudo o que lhe pareceu merecer correcção», sublinha o louvor, acrescentando que «é merecedor do presente louvor, destacando-se, assim, o auxílio por si prestado ao comando que serviu na sua comissão militar na Região Militar de Angola».
O Vieira é da Vidigueira e lá regressou a 8 de Setembro de 1975. Lá vive e para lá vai o nosso abraço de parabéns pela bonita idade que amanhã festeja!

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