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Os MVL´s que de Carmona para Luanda, foram impedidos de sair a 13 e 21 de Julho de 1975 e a situação motivou muito mau-estar na guarnição dos Cavaleiros do Norte, pouca disposta (nada disposta...) a ceder à «ressaca da FNLA», no território do Uíge, face «aos desaires de Luanda, Salazar e Malanje».
O tenente-coronel Almeida e Brito não era comandante militar para aceitar qualquer tipo de imposições, tinha, porém, ordens do Comando do Sector do Uíge (e outros comandos militares de Carmona) mas sabia, e isso era certinho como um relógio suíço, que os seus homens cumpririam o que ordenasse.
Não teriam hesitações, não recuariam a nada, para defender a soberania portuguesa, enquanto Portugal a detivesse em território angolano, apesar de as NT serem «perigosamente alvo das queixas e ataques da FNLA», queixas que o livro «História da Unidade» recorda, acrescentando que os homens da Holden Roberto reivindicavam «os desequilíbrios de outros locais». - fosse Luanda, fosse Salazar ou Malanje, ou qualquer localidade do imenso território angolano.
O Uíge, recordemos, era «a terra da FNLA» e o HdU também lembra que os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, por esse tempo de há 43 anos, «mais do que nunca, estão a viver no reino da FNLA, isoladas, preocupadas, e quase sem encontrar motivações justificativas da sua estada» no Uíge».
Reunião com FNLA
para sair de Carmona!
Os dirigentes da FNLA reuniram-se a 23 de Julho de 1975 com «os comandos militares de Carmona», para analisar discutirem a situação e depois os vários incidentes desse mês: cerco ao quartel do Negage, onde estava a CCAÇ. 4741, e pedido de armas (a 13), afirmações no comício da movimento, envol-
vendo dirigentes e militares do seu ELNA (nesse mesmo dia), o afluxo de refugiados da FNLA a Carmona (começado a 14) e pedidos de armas no BC12, rejeitado pelo comandante Almeida e Brito (a 15).
Outro preocupante problema era o da saída dos MVL´s, impedidos a 13 e 21 de há 43 anos e que, segundo o relato do HdU, «culminaram com as imposições feitas» na referida reunião de 23 de Julho seguinte, com os vários comandan-
tes militares portugueses. Que, obviamente, não foram aceites, fosse quais fossem - o HdU não as discrimina.
Louro, 1º. cabo sapador,
faleceu há 10 anos !
O 1º. cabo sapador José Adriano Nunes Louro, da CCS do BCAV. 8423, faleceu há precisamente 10 anos, a 23 de Julho de 2008, de suicídio.
Cavaleiro do Norte do pelotão comandado pelo alferes miliciano Jaime Ribeiro, o Louro regressou a Portu-
gal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se na sua terra natal,
O quartel do BC12, à saída de Carmona na estrada para o Songo, último espaço do BCAV. 8423 e da presença militar portuguesa no Uíge angolano |
Os MVL´s que de Carmona para Luanda, foram impedidos de sair a 13 e 21 de Julho de 1975 e a situação motivou muito mau-estar na guarnição dos Cavaleiros do Norte, pouca disposta (nada disposta...) a ceder à «ressaca da FNLA», no território do Uíge, face «aos desaires de Luanda, Salazar e Malanje».
O tenente-coronel Almeida e Brito não era comandante militar para aceitar qualquer tipo de imposições, tinha, porém, ordens do Comando do Sector do Uíge (e outros comandos militares de Carmona) mas sabia, e isso era certinho como um relógio suíço, que os seus homens cumpririam o que ordenasse.
Não teriam hesitações, não recuariam a nada, para defender a soberania portuguesa, enquanto Portugal a detivesse em território angolano, apesar de as NT serem «perigosamente alvo das queixas e ataques da FNLA», queixas que o livro «História da Unidade» recorda, acrescentando que os homens da Holden Roberto reivindicavam «os desequilíbrios de outros locais». - fosse Luanda, fosse Salazar ou Malanje, ou qualquer localidade do imenso território angolano.
O Uíge, recordemos, era «a terra da FNLA» e o HdU também lembra que os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, por esse tempo de há 43 anos, «mais do que nunca, estão a viver no reino da FNLA, isoladas, preocupadas, e quase sem encontrar motivações justificativas da sua estada» no Uíge».
A Zona Militar Norte (ZMN) em Carmona |
Reunião com FNLA
para sair de Carmona!
Os dirigentes da FNLA reuniram-se a 23 de Julho de 1975 com «os comandos militares de Carmona», para analisar discutirem a situação e depois os vários incidentes desse mês: cerco ao quartel do Negage, onde estava a CCAÇ. 4741, e pedido de armas (a 13), afirmações no comício da movimento, envol-
vendo dirigentes e militares do seu ELNA (nesse mesmo dia), o afluxo de refugiados da FNLA a Carmona (começado a 14) e pedidos de armas no BC12, rejeitado pelo comandante Almeida e Brito (a 15).
Outro preocupante problema era o da saída dos MVL´s, impedidos a 13 e 21 de há 43 anos e que, segundo o relato do HdU, «culminaram com as imposições feitas» na referida reunião de 23 de Julho seguinte, com os vários comandan-
tes militares portugueses. Que, obviamente, não foram aceites, fosse quais fossem - o HdU não as discrimina.
Esposa e filho do Louro (74), quando estava em Angola |
José Louro, 1º. cabo, em 1974 |
Louro, 1º. cabo sapador,
O 1º. cabo sapador José Adriano Nunes Louro, da CCS do BCAV. 8423, faleceu há precisamente 10 anos, a 23 de Julho de 2008, de suicídio.
Cavaleiro do Norte do pelotão comandado pelo alferes miliciano Jaime Ribeiro, o Louro regressou a Portu-
gal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se na sua terra natal,
Por lá fez vida (trabalhou como operador de máquinas retro-esca-
vadoras...), constituiu família e teve um filho (que é o sargento ajudante Sérgio Manuel Braz Louro, de Administração Militar).
Há 10 anos, uma doença cancerosa «roubou-lhe» a esposa e, pouco depois, já com a dor da viuvez, foi-lhe diagnosticado problema do mesmo foro médico, o que o «levou» à media limite: o suicídio. A 23 de Julho de 2008.
O José Louro, corajosamente, deixou uma carta a documentar e explicar a sua dramática e íntima decisão: «Para não sofrer e não fazer sofrer a família».
O filho, ele mesmo nos narrou esta trágica decisão de seu pai e nosso nosso saudoso companheiro. Que hoje recordamos, em memória de um Cavaleiro do Norte de quem temos saudades. RIP!!!
vadoras...), constituiu família e teve um filho (que é o sargento ajudante Sérgio Manuel Braz Louro, de Administração Militar).
Há 10 anos, uma doença cancerosa «roubou-lhe» a esposa e, pouco depois, já com a dor da viuvez, foi-lhe diagnosticado problema do mesmo foro médico, o que o «levou» à media limite: o suicídio. A 23 de Julho de 2008.
O José Louro, corajosamente, deixou uma carta a documentar e explicar a sua dramática e íntima decisão: «Para não sofrer e não fazer sofrer a família».
O filho, ele mesmo nos narrou esta trágica decisão de seu pai e nosso nosso saudoso companheiro. Que hoje recordamos, em memória de um Cavaleiro do Norte de quem temos saudades. RIP!!!
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