CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 26 de julho de 2018

4 198 - Comandante em A. Viçosa e Minervina; colunas de volta a Carmona!

O furriel miliciano Viegas, crianças do Talambanza e o soldado António
 Santana Cabrita, algarvio do Alvor e um dos Cavaleiros do Norte da CCS
que, há 44 anos, integrou as Aulas Regimentais do BCAV. 8423, conclu-
indo, com aproveitamento a 4ª. classe do ensino primário 
O Cabrita, sempre impecável, aqui ao balcão do bar da mes-
se de sargentos da CCS do BCAV. 8423 (antes, de oficiais),
no Bairro Montanha Pinto, em Carmona



O comandante Carlos Almeida e Brito continuou,a  16 de Julho de 1974, as suas actividades de «acção psicológica» e de esclarecimento do programa do MFA para a descolonização de Angola. Desta vez, na Fazenda Minervina.
O dia de há 44 anos foi também tempo para mais uma reunião com as popu-
lações e autoridades locais, desta feita com as da vila de Aldeia Viçosa, onde se aquartelava a 2ª. CCAV. 8423, que era comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz. 
Ainda na área da acção psicológica, podemos recordar que, por esse tempo, já decorriam «as aulas regimentais em todas as subunidades». Esta acção era primordialmente importante para os soldados sem a 4ª. classe (o actual 4º. ano escolar) e que dela precisavam para, por exemplo, tirar a carta de condução.
A carta de condução, pelos valores desse tempo de há 44 anos, e anteriores, era profundamente importante para os combatentes que, regressados a Portu-
gal e em posse dela, passavam a dispor de um importante instrumento de tra-
balho. Nomeadamente, para condutores - até de longo curso.
É deste tempo a 4ª. classe do António Santa Cabrita, sem especialidade (era
O edifício da administração portuguesa do
Quitexe já no tempo da Angola indepen-
dente e com a Bandeira Angolana
soldado básico), que tal exame ambicionava para tirar a carta de mestre de de embarcação - o que conseguiria. Viria a fazer vida profissio-
nal no mar, chegando a ser proprietário de um barco de pesca registado em Cascais. 

Coluna a Salazar
de volta a Carmona

A sucessão de incidentes, um pouco por todo o território angolano - opondo forças dos três movimentos, particularmente entre MPLA e FNLA - ia fragilizando a confiança da população, principalmente da branca e europeia.
Por Carmona e Uíge fora, ainda assim, a situação era minimamente controlada pela esforçada e sacrificada acção dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
De tal modo que, depois da reunião dos comandos militares portugueses com a FNLA (a de 23 de Julho) e «desanuviado ligeiramente o ambiente, conseguiu realizar-se, a 25 de Julho, a desejada coluna a Salazar, fazendo-se o seu regresso no dia 26», tal como, de acordo com o Livro «História da Unidade», «o do pessoal que tínhamos em Luanda».
Era pessoal da 1ª. CCAV. e da 2ª. CCAV. 8423, que lá se deslocara em serviço. 
A Administração do Concelho do Quitexe,
vendo-se hasteada a Bandeira Portuguesa

Quitexe dos Dembos
para o Uíge !

O Quitexe estava, antes de 1961, integrado no concelho dos Dembos, com sede no Quibaxe. A 26 de Julho de 1962, passou a pertencer ao do Dange, recuperando o estatuto de cabeça de circunscrição. Na prática, na sede do município do Dange - que fora criado pela Portaria nº 11740, de 26 de Julho de 1961.
Até aí, pertencia ao Distrito do Quanza Norte. 
O brasão do Quitexe
dantes de ser vila
Passou para o do Uíge.
A reorganização administrativa desse tempo levou a que se juntassem os postos administrativos do Quitexe e do Dange. Este, desanexado do concelho de Dembos (com sede no Quibaxe), aquele do de Ambaca (com capital administrativa em Camabatela.
O concelho do Dange e para além da vila do Quitexe, incluía os postos administrativos de Aldeia Viçosa e Vista Alegre (então criados) e o de Cambamba (que era sede do posto do Dange). Aldeia Viçosa onde se aquartelou a 2ª. CCAV. 8423. Vista Alegre onde estava a CCAÇ. 4145, depois substituída pela 1ª. CCAV. 8423 (a partir de 21 de Novembro de 1974), a da Fazenda Zalala e do capitão Castro Dias.
Aqui fica, 56 anos depois, um pouco de história da vila do Uíge angolano que os Cavaleiros do Norte tem na sua memória e imensa saudade!

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