CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 28 de julho de 2018

4 200 - O iniciar do adeus ao Uíge; Cavaleiros e Morteiros na Chandragoa!

Fazenda Chandragoa: a residência e o fortim. Ali estiveram os Cavaleiros
do Norte a 25 de Julho de 1974, em visita liderada pelo comandante Almeida e
Brito. Administrada pelo sócio José Silva, era fornecedora dos Cavaleiros do
Norte. Principalmente do famoso peixe tilápia, para grelhados

A Fazenda Chandragoa: um grupo de assalariados
 e as suas residências
Zeca Silva nos
tempos do Quitexe


Aos Cavaleiros do Norte chegou correio de Zeca Silva, que foi contempo-
râneo da CCS no Quitexe, filho de José Silva, que foi sócio-gerente da Fa-
zenda Chandragoa e ele contemporâneo da CCS no Quitexe, onde se passeava da Land Rover azul e sempre com um pastor alemão todo preto.
Descrição: Resultado de imagem para tilápia
O famoso tilápia
«Quando vivi  no Quitexe, o meu pai chegou a fornecer aos militares de lá e por diversas vezes, o famoso peixe tilápia, do qual éramos produtores. Não me lembro se aconteceu com o BCAV. 8423, mas tenho a certeza que entre 1970 e 1974, foram oferecidos aos militares do Quitexe, várias centenas de quilos», diz Zeca Silva.
A OPVDCA, por esse tempo, ia à Chandragoa buscar cerca de 20 kgs. de peixe de 15 em 15 dias. «Era eu que as apanhava com uma tarrafa, nos 5 tanques de produção que tínhamos, feitos em terra e com 100x80x1,5 metros cada», acrescentou Zeca Silva, precisando que o falecido comandante (Fernandes?) da OPVDCA, «tinha estado na fazenda a comer tilápias grelhadas, dois ou três dias antes do trágico acidente com uma granada».

José Silva, só-
cio-gerente da
Chandragoa 

O alferes João Leite,
comandante do Pelotão
de Morteiros n4281
Morteiros do 4281
na Chandragoa !

O Pelotão de Morteiros 4281, comandado pelo alferes miliciano João Leite, ia à fazenda (considerada ponto estratégico) com alguma assiduidade, para lançar algumas granadas e depois, recorda-se Zeca Silva, «comíamos as famosas tilápias grelhadas».
Manuel José C. da Silva, o Zeca, concluiu o 5º. ano do curso industrial em Carmona e ainda se aventurou no curso de regente agrícola no Tchivinguiro, mas foi atraído para os negócios da família na fazenda de 2 850 hectares, que produzia cerca de 700 toneladas de café por ano.
A Família Silva era originária da Valpaços e radicou-se no Quitexe em 1970 mas já era uíjana desde 1955. Em Carmona, tinha sapatarias na Rua do Comércio (frente à Ourivesaria Cunha), na Avenida Portugal (frente ao Bar do Eugénio) e na Rua da República (próximo do Tribunal).
C. Almeida e Brito
cmdt. do BCAV. 8423

Reuniões no QG
para ir de Carmona!

O comandante Almeida e Brito reuniu-se a 28 de Julho de 1975, com quadros superiores do Quartel General (QG) da Região Militar de Angola (RMA), para «montar a operação de saída de Carmona». Saída do BCAV. 8423.
Já se sabia a data do adeus ao Uíge: «a partir de 3 de Agosto». E sabia-se também que «essa saída não se adivinhava fácil», como se lê no livro «História da Unidade». 
A reunião de trabalho prolongou-se para o dia 29 e seguiu-se a uma primeira, no dia 23, «de modo a obter os meios necessários
à execução de tal operação».
Um ano antes Almeida e Brito visitara a CCAÇ. 4145, aquartelada em Vista Alegre, e no memso dia 28 de Julho de 1974, a 1ª. CCART. do BART. 6322, do COTI 2, rodou do Subsector do Quitexe para Luanda (supomos).



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