A Rua do Comércio, em Carmona, nos dias 25 e 26 de Setembro de 2019, quando por lá passou o furriel Viegas da CCS do BCAV. 8423 |
Carmona, a Rua do Comércio, reconhecendo-se a Residencial Apolo, nos idos anos de 1975, quando por lá jornadearam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 ! |
Não havia dia sem um qualquer incidente e era cada vez mais evidente o clima de hostilidade de parte da comunidade civil europeia, relativamente aos militares.
A presença da PM na cidade era permanente, justamente para evitar conflitos que envolvessem a tropa - que era vulgarmente insultada em ruas, avenidas, cafés e restaurantes, cinemas e casas nocturnas, onde quer que passasse, ou estivesse.
Essa hostilidade senti-a bem, nos primeiro serviços depois de férias! Carmona não estava igual!! Eram regulares os conflitos entre movimentos e nem sempre estes aceitavam de bom modo o papel de arbitragem que nos era dada, como prioridade em qualquer intervenção. Fizéssemos o que fizéssemos, agíssemos como agíssemos, nunca nos era reconhecido a isenção que estatuía o nosso papel.
Paralelamente, corria a vida e a cidade gorgitava de movimento comercial, empresarial, social, cultural, desportivo e recreativo. Com restaurantes, bares e esplanadas cheias, cinemas esgotados - o que não deixava de ser um paradoxo.
A imagem, que recolhi da net, mostra a rua do Comércio e julgo ver ao fundo, do lado direito (onde se vê um pequeno carro branco), uma discoteca onde comprei o LP «Independência», de Teta Lando - o primeiro lançamento da Companhia de Discos de Angola (CDA), disco de canto livre, com o doce sotaque angolano. E onde me deixei surpreender com o nostálgico single «Flores para Coimbra», fado coimbrão na voz do meu conterrâneo António Bernardino - que o mundo inteiro, então, já consagrara. Discos que agora foi rever, neles apalpando saudades!
Alberto Marques, 1º. cabo em 1974/1975 |
Alberto Marques na actualidade |
Marques, 1º. cabo cripto, festeja
70 anos em Vila Nova de Gaia !
O 1º. cabo Alberto Jorge de Oliveira Marques, combatente da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 70 anos a 5 de Maio de 2022.
Cavaleiro do Norte com a especialíssima especialidade de operador-cripto, também passou também pela cidade de Carmona (agora Uíge e capital da província do mesmo nome, no norte da Angola) e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do norte de Angola.
Fixou-se em Mafamude, freguesia do município de Vila Nova de Gaia. Por lá fez a vida e lá mora, agora na Urbano de Moura, para onde, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!
Dulce Pagaimo |
O 1º. cabo C. Pagaimo com os furriéis Viegas, à esquerda, e Neto, finais de 2019 |
do Pelotão de Morteiros 4281!
O 1º. cabo Celestino de Jesus Pagaimo foi contemporâneo dos Cavaleiros do Norte no Quitexe e regressou a Portugal no Verão de 1975. Fez carreira profissional nas Brigadas de Trânsito da GNR e, já aposentado, vive em Moinho da Mata, Montemor-o-Velho!
Hoje, 3 anos depois do seu falecimento, aqui fica o nosso abraço solidário e amigo. RIP!!!
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