Grupo de furriéis milicianos da CCS do BCAV. 8423, na parada do Quitexe: António Cruz, Cândido Pires, Luis Mosteias (falecido 5 de Fevereiro de 2013, de doença e em Santo André), Francisco Neto, José Pires e Nelson Rocha
| A avenida do Quitexe no dia 24 de Setembro de 2019. Ao fundo, à esquerda, a Igreja de Santa Maria de Deus. Depois, os pavilhões escolares localizados onde eram casernas e balneário da CCS. À direita e em primeiro plano, o que foi o edifício do comando do BCAV. 8423
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Os futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, há 48 anos, iam fazendo as suas despedidas - da família, das mulheres e namoradas, dos amigos e das gentes dos seus chãos natais. O embarque da CCS estava marcado para o dia 27 de Maio de 1974, daí a poucos dias e todos os dias era vésperas de ansiedade e expectativa. As companhias operacionais iriam nos dias seguintes mas o primeiro embarque (o da CCS) acabou por ser adiado para o dia 29 - dois dias depois. A revolução do 25 de Abril tinha sido menos de um mês antes e, indo para Angola, de lá queríamos saber notícias. O que não era fácil, não havia net nem com ela se sonhava e a informação escasseava. A leitura do «Diário de Lisboa», vespertino que se publicava na capital portuguesa, e todos os dias lia, era o mais nos aproximava da realidade angolana e, por estes dias de 1974, por ele soubemos que os trabalhadores do «Diário de Luanda» exigiram a saída do seu director. O jornal era propriedade da Arquidiocese - que não quis substituir Luís Santos, indesejado por jornalistas e pessoal gráfico, que diziam a assegurar a edição do jornal até 30 de Junho. Na mesma altura, era anunciado o reaparecimento do «Comércio», jornal que era dirigido por Ferreira da Costa. Reapareceria com jornalistas da revista «Notícia».
Partidos negros em Angola com objectivos não violentos !
Odia, na mesma Luanda de 17 de Maio de 1974, foi tempo de Dongala Garcia, presidente do Partido da Reunificação dos Povos de Angola (PRPA), lançar um apelo aos movimentos pacifistas - nomeadamente o MDIA e o NTO-BKO - no sentido de se «agruparem num partido único, com objectivos não violentos». Ao mesmo tempo, estava praticamente constituído o Partido Democrático do Negro Angolano (PDNA), dirigido por Manuel Guerra Dinis de Moura. Não admitia «qualquer segregação racial» mas explicava a denominação de negro (embora aceitando mulatos) por «verificar que o elemento branco tinha fundado partidos, esquecendo-se, objectivamente ou subjectivamente, de proporcionar ao negro uma participação directa nos mesmos». Queria criar uma Assembleia para a qual «seria transferida toda a competência legislativa do Ministro do Ultramar» e apontava José Pinheiro da Silva para Governador Geral. Tinha sido Secretário Provincial da Educação de Angola. Foram partidos que, valha a verdade, não me recordo ouvir falar. A não ser do MDIA e vagamente. A 17 de Maio de 1974 era anunciado o controlo da imprensa pelas Forças Armadas. Já tal acontecia com a Emissora Oficial, a Voz de Angola e o Rádio Clube Português, mas passava a vigorar «para toda a imprensa de Luanda».
| Joaquim António A. Rodrigues |
Rodrigues da 2ª. CCAV., 709 anos em Camarate de Loures!
O soldado Joaquim António de Almeida Rodrigues, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 70 anos a 16 de Maio de 2022. Hoje mesmo e com saúde da boa. Cavaleiro do Norte especialista de transmissões, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão de serviço, de 15 meses e por terras do Uíge nortenho de Angola - a cidade de Carmona depois da vila de Aldeia Viçosa. O Rodrigues regressou à sua casa de Camarate, no concelho de Loures, onde morava e onde ainda reside. Para lá, e para ele, vai o nosso forte abraço de parabéns!
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