CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 30 de maio de 2022

5 818 - A chegada da CCS a Luanda, há 48 anos! O encontro dos «zalalas» a 25 de Setembro de 2022!

 

O furriel Viegas, a 9 de Outubro de 2019 e na baía de Luanda, com a cidade ao fundo, mais de 45
anos depois da  chegada a Angola - que foi já 45 anos, a 30 de Maio de 1974
Cavaleiros do Norte numa esplanada de Landa, a 02/06/1974: os 1ºs.
cabos João Estrela, António Carlos Medeiros (falecido a 10/04/2003,

de doença e no Porto), Miguel Teixeira, Damião Viana (f. a 
28/02/2022, de doença e em Gondomar) e Vasco Araújo

Soares Vieira, o Vasquinho,


A CCS do BCAV. 8423 aterrou no aeroporto internacional de Luanda ao princípio da manhã de 30de Maio de 1974. Hoje se fazem 48 anos!
O voo foi nocturno e, vagamente, lembro-me de o  
 piloto ter dado conta, na viagem por cima dos mares de África, de termos sobrevoado os céus de Bissau, de que se via a iluminação! SeriaA CCS do BCAV. 8423 aterrou no aeroporto internacional de Luanda ao princípio da manhã de 30de Maio de 1974. Hoje se  fazem 48 anos!

O voo foi nocturno e, vagamente, lembro-me de o piloto ter dado conta, na viagem por cima dos mares de África, de termos sobrevoado os céus de Bissau, de que se via a iluminação! Seria!
Ainda dormitei e não tardou a que o avião dos TAM nos deixasse ver o esplendor da baía luandina e a cor vermelha do chão de Angola, nos mostrasse os musseques e a cidade enorme, a espreguiçar-se e abrindo os olhos para um novo dia de trabalho.
Aquela metrópole enorme e moderna, de edifícios gigantescos e enormes avenidas a rasgar-lhe o ventre, a beleza deslumbrante da baía, a ilha que víamos encostada à cidade, todo aquele ar cosmopolita não nos parecia ser uma terra de guerra.

O aeroporto de Luanda em 1974

Do aeroporto
ao Grafanil !

O avião arredondou-se nos azulíssimos céus de Luanda, como quem batia a porta para dizer os bons dias, e os nossos olhos arregalavam-se de espanto. Nunca tínhamos visto mancha urbana tão grande, a não ser oito horas antes, quando levantámos voo de Lisboa e mal espreitámos a luz da noite da capital do império que se começava a desfazer.
Blusões fora e arrumado o meu no saco TAP vermelho, lá fomos para o Grafanil - onde ficámos até 5 de Junho. Era tudo novo para nós: o chão e os cheiros, a paisagem, as gentes que nos falavam, os sotaques, até a cerveja - que comprei com angolares que já levava e senti pouco forte. As cucas que bebemos eram leves a mais para os hábitos e paladares cervejeiros da então metrópole.
Um sargento nos apareceu, no aquartelamento do BCAV. 8423, de pasta debaixo do braço e ar de negócio fácil: queria fazer câmbio. Trocar, com farto lucro, escudos de Portugal pelos de Angola, os angolares.
Espantei-me quando, após três dedos de conversa, vim a saber, da boca dele, que teria estado na Escola Central de Sargentos, aqui em Águeda. E que, eventualmente, nos teríamos cruzado algumas vezes, no bar do Café Santos - onde se comiam excelentes bolos de bacalhau e bebiam taças de vinho branco. Não foi tal coisa suficiente, porém, para que fizéssemos negócio. Mas houve quem fizesse e com o 1º. sargento a ganhar o lucro dele.
Por nós, íamos descobrir Luanda. E visitar amigos que por lá faziam pela vida, sem sofrer os medos da guerra que lá nos levava! Era uma vida nova que se abria nos nossos dias. E de maneira se abriu! 
Ver AQUI e AQUI

Cavaleiros de Zalala em 2018


Cavaleiros de Zalala vão
encontrar-se em Fátima!

Os Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, vão reunir e confraternizar a 25 de Setembro de 202 e de novo na Quinta do Casalinho Farto, em Fátima.
A COVID 19 «interrompeu» a tradicional jornada de memória dos comandados do capitão miliciano Davide Castro Dias mas são tantas as histórias a recordar e tantas emoções a reviver que mal se espera por 25 de Setembro e pelo manjar de saudades que todos desejam saborear: o da memória angolana e dos mais de dois anos que se passaram de pandemia.
Os interessados podem contactar o furriel miliciano João Das, pelo telefone 962551238.
Manuel Almeida,
o Mira em 1974/75

A morte do condutor
Almeida de Mira d´Aire

O tempo pandémico foi também de luto dos Cavaleiros do Norte que por Zalala jornadearam, assim  como por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona: faleceu o Almeida, por lá conhecido por Mira, por de Mira d´Aire ser natural.
Manuel da Conceição Alves era esse o seu nome completo, era natural do Bairro Santos Moleiro, em Mira Daire, no concelho de Porto de Mós - onde regressou a 9 de Setembro de 1975,  no final da jornada africana por terras do norte de Angola-
Não conhecemos a data e as razões do óbito (que nos foi indicado pelo furriel Dias), mas hoje o recordemos com saudade. RIP!!! 


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