CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 21 de abril de 2015

3 096 - Morte do tenente Mora e «invasão silenciosa» do Zaire

Alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Garcia e tenentes Acácio Luz e João Eloy 
Mora, na avenida do Quitexe e em frente ao edifício do comando do BCAV. 8423. A 
esposa do tenente Mora (à direita), com a esposa e a filha do capitão António Oliveira




O tenente Mora faleceu há 22 anos, hoje se fazem, em Lisboa - na Lapa, onde residia e vítima de doença. Foi das figuras mais carismáticas dos Cavaleiros do Norte, como adjunto do comandante da CCS, o capitão António Martins Oliveira.
João Eloy Borges da Cunha e Mora, tinha 67 anos e era natural do Pombal, onde nasceu a 30 de Junho de 1926. Era casado com uma senhora de origem indiana (foto) e popularizou-se pela sua atitude extrovertida (chamemos-lhe assim...), por vezes surpreendente, num oficial da sua patente e com as suas responsabilidades. Dele se poderiam contar imensas histórias e estórias, da sua (e nossa) jornada africana. Saudades!
O dia, mas de 1975 - há 40 anos!!!... - foi de visita do 2º. comandante, o capitão José Diogo Themudo, ao Songo, para onde ia rodar a 1ª. CCAV. 8423. E lá foi precisamente para «tratar da instalação» dos Cavaleiros do Norte de Zalala, ao tempo em Vista Alegre e Ponte do Dange.
Foi também dia de uma lograda tentativa de «fazer-se uma troca de prisioneiros». O Livro da Unidade, de que nos socorremos, não especifica que prisioneiros eram. Apenas que foi em Úcua.
Agostinho Neto, presidente do MPLA, falando em Lusaka, denunciou que «Angola está a ser sujeita a uma silenciosa invasão realizada por soldados vindos do Zaire». Soldados, acrescentou, que «são militantes da FNLA e são, por conseguinte, considerados como patriotas angolanos», que entra(va)m «em grande número e muito bem equipados». De resto, sublinhou Agostinho Neto, «até melhor equipados do que estavam durante a guerra contra o domínio colonial português».


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