CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

3 099 - Cavaleiros do Norte de Zalala, eleições e colonialistas

VISTA ALEGRE. O que, em Dezembro de 2012, restava do quartel de onde, há 40 anos, 
saiu a 1ª. CCAV. 8423 (foto de Carlos Ferreira). Em baixo, as pontes do Rio Dange - a do tempo 
dos Cavaleiros do Norte (à esquerda) e a actual (foto de By Bembe, obtida em 2010) 

Aos 24 dias de Abril de 1975, de malas aviadas e armas em guarda, os Cavaleiros do Norte de Zalala - da brava 1ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano Davide (é mesmo com um «e») Castro Dias - partiram de Vista Alegre e Ponte do Dange, para o Songo. Foi a sua segunda de três rotações operacionais. 
A Zalala, chagaram a 7 de Junho de 1974 e por lá jornadearam até 25 de Novembro desse ano, quando a CCAV. «completou os seus movimentos» para ir substituir a CCAÇ. 4145/74, «ficando deste modo abandonada a Fazenda Zalala». Nesta data de 1975, rodaram para o Songo. E do Songo, para Carmona - a 6 de Junho seguinte, «indo ocupar o aquartelamento da extinta ZMN, completando a sua rotação a 12 de Junho e entregando os quartéis da área do Songo às autoridades angolanas, conforme o determinado». 
O dia 24 foi tempo, em Carmona, para «mais uma palestra, a qual foi orientada por oficiais dos CTC e do BCAV., ambos delegados do MFA», de orientação sobre as eleições marcadas para o dia seguinte - e repetindo duas outras, uma da véspera (dia 23) e outra de uma semana antes (dia 16).
A 24 de Abril desse mesmo 1975, o jornal soviético «Pravda» denunciava «a actividade dos colonialistas portugueses de Angola», que, na sua opinião, «aproveitam a existência de três movimentos de libertação para manobrarem no sentido de impedirem o acesso do país à independência».
O jornal considerava que existia «uma evidente relação de causa-efeito entre o malogro do golpe de Estado reaccionário do general Spínola e os acontecimentos de Luanda».
«Apoiando-se nos elementos reaccionários de Lisboa, e uma vez que o curso dos acontecimentos não lhes é favorável, os colonialistas procuram prejudicar as tendências progressistas que se manifestam na antiga metrópole», concluía o Pravda.
Nem mais, nem menos!!!

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