CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 30 de maio de 2017

3 778 - A chegada da CCS a Luanda, a partida da 1ª. CCAV. 8423!

Cavaleiros do Norte da CCS e da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isa-
bel, todos furriéis milicianos: Viegas (de pistola), Carvalho, Bento (mais
atrás), Flora, Capitão e Rocha. À frente, Ribeiro, Reino Grenha Lopes e (o
soldado) Carlos Lajes, o impedido do bar e messe de sargentos


Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, que
há 43 anos voou para Luanda: furriéis José Louro, Amé-
rico Rodrigues, Jorge Barata (falecido a 10/10/1997, de
doença e em Alcains) e Jorge Barreto e alferes Mário
Sousa e Lains dos Santos, todos milicianos
A CCS voou de Lisboa para Luanda na noite de 29 para 30 de Maio de 1974, num avião dos TAM que se faz «passear» sobre a capital, mostrando-nos o caleidoscópio de luzes que surpreendeu os nossos olhos.
O suspense da primeira viagem de avião logo passou, muitos de nós logo adormeceram e a memória, 43 anos depois, resgata-nos o momento de passagem pelo céu de Bissau, assim informou o piloto do Boeing militar que nos levava a terras africanas de Angola. 
O 1º. cabo Emanuel Santos (emigrado nos Estados Unidos),
o 1º. sargento João Barata e o alferes miliciano António M.
Garcia (falecido a 02/1171979, de acidente e entre Viseu e
Mangualde,  ao serviço da PJ). Aqui, frente ao edifício do
Comando do BCAV. 8423, no Quitexe
«Ali é Bissau!...», disse o comandante do avião, levando os nossos olhos a olhar pela pequena janela e espreitar a capital da Guiné. Mal imaginaria eu, a esse tempo, que anos depois lá iria, em serviço profissional.
O voo, por contingências da proibição de aeronaves portuguesas voarem sobre países africanos que não apoiavam a nossa política ultramarina, foi feito todo sobre o Atlântico e já o céu se avermelhada ao nosso olhar quando fomos «avisados» de faltar uma hora para aterrarmos no aeroporto de Luanda. 
O Quitexe no mapa do norte de Angola
Lá chegámos! Descobrindo, do ar, a enorme e cosmopolita metrópole luandina, a sua baía e também os musseques periféricos.

Quitexe, vila-mártir
e terra promissora!

O calor húmido de Luanda «obrigou-nos» a despir o blusão verde da farda de saída (a nº. 2), com quer viajávamos e correr à procura do que matasse a nossa sede. Sorte minha, que levava angolares (o escudo angolano), trocado com o pai de um vizinho, civil, que estava em Angola) e logo provámos a célebre Cuca, uma das mais populares cervejas angolanas.
Outra das primeiras imagens retidas desse dia foi a do aparecimento, já no Campo Militar do Grafanil, de um 1º. sargento de pasta e muitos angolares para trocar por escudos de Lisboa, com ganhos cujo valor não recordo, mas eram surpreendentes para nós. Por serem elevados!
O comandante Almeida e Brito, o capitão José Paulo Falcão e o alferes José Leonel Hermida já estavam em Angola há vários dias e foram nossos «anfitriões». E já sabiam o nosso destino: «o Quitexe, terra promissora de Angola, capital do café e vila-mártir de 1961», como sublinha o Livro da Unidade. Lá chegaria a CCS, a 6 de Junho de 1974.

O furriel Plácido Queirós, o capitão Castro Dias, o al-
feres Lains dos Santos e o furriel Mota Viana: Cava-
leiros do Norte de Zalala, no encontro de Águeda, o
primeiro, a 9 de Setembro de 1995!  

Cavaleiros do Norte
de... Zalala!

A descoberta da nossa nova realidade, da Angola imensa e surpreendente, quente e gigante,a 30 de Maio de 1974, foi contemporânea do dia da partida da 1ª. CCAV. 8423, a que viria a ser da mítica Fazenda Zalala.
O dia não foi diferentes do da CCS, na véspera, e de Lisboa partiram os comandados do capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias, mais os seus oficiais milicianos: os alferes Mário Jorge Sousa (Operações Especiais), Pedro Rosa Carlos Sampaio e Lains dos Santos (atiradores de Cavalaria.
O 1º. sargento era Alexandre Joaquim Fialho Panasco e a classe incluía os furriéis milicianos: Manuel Pinto (Operações Especiais), Jorge Barreto (enfermeiro), Manuel Dias (mecânico-auto), José Nascimento (alimentação), João Dias (transmissões) e os atiradores de Cavalaria Mota Viana, Jorge Barata (falecido a 10 de Outubro de 1997, de doença e em Alcains), Plácido Queirós, Américo Rodrigues, Victor Costa, Eusébio Martins (falecido a 16 de Abril de 2014, de doença e em Belmonte), João Aldeagas e José Louro. E, com eles, 101 praças, entre 1ºs. cabos e soldados de várias especialidades. O furriel Victor Velez chegou mais tarde. 


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