CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 26 de março de 2019

4 423 - Patrulhamentos mistos em Carmona, com tropa portuguesa e movimentos!

Elementos angolanos das Forças Mistas que, há 44 anos, iniciaram os patrulhamentos da cidade de
 Carmona com elementos e comando das Forças Armadas Portuguesas. Iria ser gente do núcleo inicial do
futuro Exército de Angola mas tal não veio assim a acontecer. Aqui, na parada do BC12, em Carmona
A fachada principal do BC12, em Carmona e na saída da
cidade para o Songo. Aqui e há 44 anos se aquartelavam
os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423

As patrulhas mistas na cidade de Carmona iniciaram-se na noite de 26 para 27 de Março de 1975, há 44 anos, envolvendo as tropas portuguesas e elementos dos movimento de libertação.
«Ensaiando-se os primeiros passos de actividade operacional em Exército integrado com os movimentos emancipalistas, a seu pedido e porque se verificou um deteriorar da situação, 
Parada do BC12 nos dramáticos 6 primeiros dias
dos «graves incidentes de Junho de 1975
nomeadamente nos distritos de Salazar e Luanda, iniciaram-se patrulhamentos mistos de forças do Exército Português, do ELNA, das FAPLA e das FNLA», reporta o livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423.
Por ELNA, entenda-se Exército Nacional de Libertação e Angola,da FNLA. Por FAPLA, entendamos Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, do MPLA; por FALA, concluamos Forças Armadas de Libertação de Angola, o exército da UNITA.
Os tempos não eram os mais fáceis para a presença das NT, repetidamente hostilizadas pela sociedade civil branca (europeia). Bem pelo contrário. Repetiam-se escaramuças entre os elementos dos 3 movimentos, agora nas Forças Mistas, o que exigiu das NT uma actuação consciente e corajosa (por que não dizê-lo?...), que evitasse piores males, como felizmente conseguiu. O que era agravado, no dia-a-adia, pelo mau-estar cultivado pela população civil relativamente aos Cavaleiros do Norte.
O que em causa estava, não é dispiciendo recordar, era a segurança geral de bens e pessoas - fossem estas de que cor fossem.
José Moura
clarim de Zalala

Moura, clarim de Zalala, 
67 anos em Sesimbra !

O soldado clarim José Azevedo Moura, da 1ª. CCAV. 8423, a da fazenda uíjana de Zalala, festeja 67 anos a 26 de Março de 2019.
Natural de Casal de Loios, transmontano do município de Alijó, lá regressou a 9 de Setembro de 1975, quando terminou a sua comis-
são militar em Angola - na qual, além de clarim, foi também impedido da messe de oficiais, passando pelos aquartelamentos de Zalala, Vista Alegre/Destacamento de Ponte do Dange, Songo e Carmona. Nada mais sabemos dele, a não ser que, por informação do furriel João Dias (TRMS), morará na Quinta do Conde, em Sesimbra.
Para ele vai o nosso abraço de parabéns!

Modesto, da 2ª. CCAV.,
castigado no RC4 !

Rui Fernando Romão Modesto foi atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, mas apenas nos tempos da formação do batalhão em Santa Margarida.
A Ordem de Serviço nº. 71, de 26 de Março de 1974, do RC4 4 e de há 45 anos, dá conta que «foi punido com 19 dias de prisão disciplinar agravada (...), por  se ter constituído na situação de ausência ilegítima, por excesso de licença, desde as 14 horas de 14 de Janeiro e até às 24 horas de 23 de Janeiro de 1974». A OS precisa que perfez «um total de 9 dias, 15 horas e 15 minutos de ausência ilegítima por excesso de licença» e que, na pena imposta, «atendeu-se ao seu bom comportamento anterior, sem castigos, em cerca de 5 meses desde a sua apresentação voluntária».
Nada mais sabemos deste Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, com a certeza de que o seu nome não consta da lista de embarque para Angola. 

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