CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

4 849 - O desarmamento dos milícias, os medos de vinganças dos IN´s!!

O ex-furriel Viegas na avenida do Quitexe e na frente do edifício que foi o Comando do BCAV. 8423. Ao
fundo, vê-se a Igreja de Santa Maria de Deus, onde missionou o padre Albino Capela. E vê-se, também,
um dos pavilhões que serve de escola, com outros, na antiga parada dos Cavaleiro do Norte.
A 24 de Setembro de 2019
A Estrada do Café, no Quitexe, a 24 de Setembro de 2019.
O banco era a casa do comerciante José Morais, logo
depois e cor de rosa, a do fazendeiro Carlos Gaspar

A actualidade dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, a 21 de Outubro de 1974 e pelas bandas do Uíge angolano, há 45 anos, envolveu a operação de desarmamento dos milícias. 
A tarefa teve os seus quês, já que os ditos não o aceitaram de boa catadura e tal, como se lê no livro «História da Unidade», «não teve boa aceitação, por parte dos povo, nomeadamente nos postos sede», do Quitexe e Aldeia Viçosa. E nem por isso era assim tão importantes, os milícias: «Salvo honrosas excepções, não tiveram actuações de vulto em defesa dos seus aldeamentos», lê-se no mesmo livro «HdU». Ainda assim, o facto de estarem armados, eram, nas sanzalas, «a melhor defesa às acções de depradação e exigência do IN». Compreende-se por que não queriam ser desarmados. Poderiam, digo eu, ser alvo de acções de vingança por parte do IN, embora também se soubesse que muitos deles «vivem em contacto permanente» com a FNLA.
Isto era lá pelos lados do Quitexe. 
Em Luanda, sabia-se, através da revista «Semana Ilustrada», que a UNITA só participaria na Junta Governativa de Angola, caso participassem, também, o MPLA e a FNLA. 
«Como os outros movimentos não aceitaram participar, o actual Governo de Transição não tem elementos dos movimentos libertadores», declarou Jonas Savimbi, na entrevista concedida à revista de Luanda.
Alferes Meneses Alves

Alferes Meneses faria 67
anos. Faleceu em 2013! 

O alferes miliciano Meneses, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, faria 67 anos a 21 de Outubro de 2019. Faleceu, de doença, a 16 de Maio de 2013.
Manuel Meneses Alves foi atirador de Infantaria e chegou a Aldeia Viçosa em Fevereiro de 1975, ido de Cabinda, onde serviu na CCS do BCAÇ. 4519. Notabilizou-se  a 13 de Abril desse ano, quando, já em Carmona, «durante uma manifestação não autorizada superiormente, na qual se verificou confronto entre elementos de movimentos emancipalistas, com uso de armas de fogo, na via pública, actuou de forma rápida, decidida e enérgica, não deixando dúvidas quanto à determinação do pequeno núcleo de tropa que comandava, com o que conseguiu a detenção de dois dos elementos em confronto e ainda, de imediato, ter feito abortar a referida manifestação» - como se lê no louvor do comando do BCAV. 8423.
Empresário do sector das carnes, em Leiria, lá faleceu, vítima de doença e não sem antes, e por duas vezes, sabendo do seu futuro, se despedir em duas almoçaradas.Hoje, o recordamos com saudade! RIP!
Jorge Barreto

Barreto, furriel de Zalala, 68
anos em Baguim do Monte!

O furriel miliciano Barreto, da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Zalala, festeja 68 anos a 21 de Outubro de 2019.
Jorge Manuel Mesquita Barreto, é este o seu nome completo. foi enfermeiro de especialidade militar e regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se na sua natal terra de Mira. 
A vida profissional levou-o para o Porto, onde foi profissional hospitalar. Já aposentado, mora em Baguim do Monte, município de Gondomar, para onde vai, e para ele, o nosso abraço de parabéns!
A. Moreira, o bru-
xo de Rio Moínhos

A. Moreira de Zalala,
bruxo de Rio de Moinhos,
assassinado há 10 anos!

O soldado Agostinho Mendes Moreira, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, foi assassinado a 21 de Outubro de 2009, na sua casa da Sobreira, em Rio de Moinhos.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e, na sua terra de origem e residência, dedicou-se a artes de bruxaria, aparentemente fazendo fortuna. Foi num assalto que foi assassinado,  tinha 57 anos, solteiro e vivendo com um irmão, tendo os réus sido condenados a vários anos de prisão efectiva. José Cardoso levou 20 anos de prisão, Ángel Hernández e Paulo Freitas foram condenados a 19 anos.  A juíza Isabel Peixoto deu como provado que os três deram "murros, pontapés e vergastadas" e "espezinharam" Agostinho Moreira para o obrigar a revelar onde escondia o dinheiro. De seguida, abandonaram-no, no exterior da casa, com fita isoladora a tapar-lhe a boca, o que viria a provocar-lhe a morte por asfixia. Condenado a 8 anos de prisão foi também João Ximenes, que ficou com Paulo Renato Silva a vigiar. Ernesto Costa, apontado como mandante do crime, foi condenado a 6 anos de prisão pelos crimes de roubo agravado e detenção de arma proibida. Telmo Ferreira, acusado de ajudar o tio, Ernesto Costa, a planear o assalto foi absolvido, o mesmo sucedendo com Fabiano Pinto, filho de José Cardoso.
Hoje aqui o recordamos. RIP!!! 

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