CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 25 de março de 2020

5 006 - Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 encontram-se a 6 de Junho de 2020

Os Cavaleiros do Norte da CCS vão este a,o confraternizar em Braga, com chancela organizativa
do furriel miliciano Manuel Machado. Será no dia 6 de Junho, um sábado, e na Abadia do Este
O furriel Manuel Machado, organizador do encontro
 de 2020,  e o alferes António Albano Cruz,
ambos milicianos da CCS do BCAV.8423
Os Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 vão reunir-se a 6 de Junho de 2020, em Braga. O organizador é o furriel miliciano Manuel Machado e tudo aponta para que a confraternização anual vá decorrer no restaurante Abadia de Este.
«A malta que se vá preparando, pois o local e magnífico e não podemos deixar morrer o que sentimos de Angola, as muitas saudades das suas gentes, com quem nos cruzámos num período épico e histórico e muito especial das nossas vidas», disse Manuel Machado, certamente recordado dos duros tempos de há 45 anos,  tempos muito, muito difíceis e delicados para os Cavaleiros do Norte, semanas e meses seguidos praticamente sem folgas (ai folgas!...) e enfrentando, no dia a dia, uma cada vez mais crescente e evidente animosidade da comunidade civil branca - muito hostil, na verdade, à tropa portuguesa.
O furriel Machado recebeu a «opa» de organizador do Joaquim Moreira, em 2019 e em Rans, Penafiel, e quem com ele quiser ir fazendo contactos , poderá fazê-lo pelo telemóvel 936408336, ou pelo endereço electrónico manuelafonsomachado@gmail.com
O alferes António Garcia, de Operações Especiais
(Rangers) na porta d´armas do BC12, em Carmona,
a actual cidade do Uíge

Calma em Carmona
e pelo Uíge fora

Os Cavaleiros do Norte, há 45 anos, continuavam a sua jornada em ambiente de relativa calma, embora carregados de serviços, nomeadamente os militares operacionais  - que, pela natureza da sua especialização, estavam encarrega-
dos da segurança de pessoas e bens, fossem civis ou fossem militares, para além da das várias instalações da Forças Armadas e serviços púbicos da cidade de Carmona.
Era muito curto o número de efectivos disponíveis, apenas os operacionais da CCS e da 2ª. CCAV. 8423 (a de Aldeia Viçosa), para tanta exigência de segurança, só na cidade.
A guarnição instalada no quartel do extinto BC12 desmultiplicava-se, por isso, em tarefas para «garantir os serviços solicitados ao BCAV., os quais comporta(va)m também as necessidades da Zona Militar Norte» - a ZMN, ao tempo já em fase «também em extinção».
Notícia do Diário de Lisboa de 25 de Março de 1975 sobre
 a situação em Angola: «Mais de 20 mortos nos combates
 entre as forças o MPLA e da FNLA», em Luanda. «A calma

 regressa a Luanda», antetitulava o jornal vespertino

Incidentes em
Luanda 
com 20 mortos

A 25 de Março de 1975, uma terça-feira, as autoridades militares portuguesas em Angola faziam o balanço dos incidentes entre o MPLA e a FNLA, de dois dias antes: 18 mortos entre os militantes deste movimento, o de Holden Roberto, «enquanto nenhum há a registar entre as forças do MPLA», reportava o Diário de Lisboa, porém, sublinhando que «no momento, é difícil determinar o número de vítimas». Sem esquecer os 2 civis.
Os incidentes entre as FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, o braço armado do MPLA) e o ELNA (Exército de Libertação Nacional de Angola), idem, da FNLA) tinham recomeçado na madrugada do dia 23, o domingo - depois de escaramuças a 21 (a 6ª.-feira anterior), «nalgumas zonas dos subúrbios e afectaram seriamente a vida da população» da cidade de Luanda.
Havia mesmo, segundo o Diário de Lisboa, «certas áreas interditas à normal circulação de pessoas e viaturas», como era o caso do Bairro Cazenga, «onde durante toda a tarde e noite de ontem se ouviram constantes disparos de armas automáticas e rebentamento de granadas». Ontem, que - recuemos no tempo... - foi o dia 24 de Março de 1975, uma segunda-feira.
O Alto-Comissário Silva Cardoso, à di-
reita, com o almirante Rosa Coutinho

Morte de 2 crianças
no bairro Cazenga

O bairro suburbano do Calemba também não escapou aos combates e, segundo o Diário de Lisboa, «foi palco de novos incidentes», os que, à data, «há 48 horas vem envolvendo forças das FAPLA (do MPLA) e do ELNA (da FNLA».
A chamada «cidade do asfalto», essa parecia longe de tais guerras. «A calma não tem sido perturbada. A vida de decorre serenamente, embora se note apreensão no rosto das pessoas», reportava ao Diário de Lisboa, acrescentando, porém, que, no Cazenga, «algumas pessoas foram atingidas pelas balas e duas crianças morreram devido ao tiroteio».
As Forças Armadas Portuguesas intervieram ao final da tarde do dia 23, após reunião do Conselho Nacional de Defesa (CND), e foi reposta a calma. Patrulhas mistas - formadas por militares portugueses e dos movimentos de libertação - colaboraram na «manutenção da ordem»
O CND, presidido pelo Alto-Comissário Silva Cardoso, general português, e os Estados Maiores do MPLA e da FNLA «ordenaram o regresso aos quartéis das tropas dos dois movimentos de libertação» - os dos presidentes, respectivamente, Agostinho Neto e o de Holden Roberto.
A Fazends Samta Isabel, onde se aquartelou
a 3<º. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte

Gonçalves de Santa Isabel,
67 anos no Barreiro !

Francisco Gestrudes Gonçalves foi 1º. cabo condutor auto-rodas da 3ª. CCAV. 8423 e festeja 68 anos no dia 25 de Março de 2020.
Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isabel e do capitão José Paulo Fernandes, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 e fixou-se na Rua Voz do Operário, na cidade do Barreiro. A vida levou-o para a freguesia de Verderena (na Rua Cândido de Oliveira) também no Barreiro, onde vive e para onde vai o nosso abraço de parabéns! 

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