CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 8 de agosto de 2021

5 515 - Cavaleiro expectantes quanto ao regresso a Portugal! 2ª. CCAV. 8423 adiou encontro de 2021!

 


Cavaleiros do Norte no Quitexe: Migue (condutor?), furriel Morais, 
alferes Cruz e 1º. sargento Aires, 1ºs. cabos Malhei
ro (entre o
 
Miguel e o Morais), Teixeira, estofador (entre Morais e Cruz) e
  Cuba (atrás do Teixeira, de óculos). Atrás e do lado direito
estão os atiradores Ferreira e 1º. cabo Almeida

José Borges Martins, Cavaleiro de Zalala,
aqui no Quitexe, em 1975 e com um grupo
de crianças locais


Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, no 8 de Agosto de há 46 anos, continuavam aquartelados no extinto Batalhão de Intendência de Angola (BIA),no Campo Militar do Grafanil, muito mal instalados e muito expectantes sobre o seu futuro próximo.
A expectativa maior era a de saber o dia do regresso a Portugal e aos seus chãos natais, aos abraços de familiares e amigos. O dido adeus a uma guerra que, tragicamente, se  levedava entre sangue de irmãos contra a irmãos (angolanos).
A epopeica rotação de Carmona já lá ia e, dois dias depois da chegada ao Grafanil e após «um curto período de repouso e o arranjo de viaturas (...), logo o BCAV. foi chamado a actuar, dado quer ficará em Luanda a cumprir missões de unidade de reserva da RMA».
Notícias da «nossa» já saudosa Carmona eram poucas. E há tão pouco tempo de lá tínhamos saído!!! Iko Carreira, do MPLA, declarou que o Uíge e o Zaire, províncias do norte Angolano, tinham sido «militarmente ocupadas por forças da FNLA» - o não era propriamente uma novidade. Desmentiu que a FNLA tivesse entrado em Luanda, sequer que para lá avançasse.
«A tomada eventual da capital por forças da FNLA, por soldados da FNLA, como anunciado por certa imprensa, não se registará porque vamos opôr ao invasor a resistência popular generalizada», disse Iko Carrreira, sublinhando o inverso: «Cerca de 3000 militantes da FNLA foram neutralizados e evacuados de Luanda, por forças do MPLA». Tinham sido, 
A picada de Zalala, com 3 «zalala´s»: o Santos
e os furriéis milicianos Barreto e Nascimento
segundo afirmou, «introduzidos a capital com o objectivo de ocuparem o poder pela força».

Comandante Almeida
e Brito em Zalala

Um ano antes, o comandante Almeida e Brito deslocou-se a Zalala, onde estava aquartelada a 1ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano Davide Castro Dias.
O mês de Agosto de 1974 decorria «com inúmeras visitas a povos e fazendas, em apoio às vidas de todos estes», no seguimento de «directivas superiores, que impõem a não realização de acções ofensivas».
A esse tempo, os Cavaleiros do Norte continuam a proteger os trabalhos de requalificação do itinerário (picada) do Quitexe para Zalala, que estavam a ser realizados pela Junta de Autónoma de Estradas de Angola (JAEA).
Os trabalhadores da JAEA, na prática, trabalhavam «sob a proteção de escoltas militares». Como, por exemplo, acontecia na estrada do Café. entre Vista Alegre e Ponte do Dange. Ou na picada para o Liberato.
Comunicado no JN


Cavaleiros da 2ª. CCAV.
adiaram encontro de 2021

Os Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a d Aldeia Viçosa, anunciaram o adiamento do encontro de 2021, que se deveria realizar em Setembro de 2020.
«Devido à COVID-19 e para salvaguardar o bem-estar de todos, o encontro de Castelo Branco é mais uma vez adiado, para o mesm mês, no mesmo local mas em 2022», disse o 1º. cabo José Maria Beato, da organização, em comunicado hoje publicado no Jornal de Notícias.
Há, no entanto, «a possibilidade de ser antecipado a qualquer momento», acrescentou José Maria Beato, que pode ser contactado pelos telefones 963573376 e 224221948. 
 

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