CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 28 de agosto de 2021

5 535 - MPLA denunciou invasão sul-africana! Cavaleiros do Norte a fazer vésperas para o regresso!

 

Grupo de Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 no jardim das piscinas de Carmona, 
em 1975 e todos milicianos: alferes Pedrosa de Oliveira e furriéis Manuel Machado
 (que hoje faz 69 anos), José Lino, Nelson Rocha e António José Cruz
Cavaleiros do Norte, furriéis milicianos à entrada da Casa
 dos Furriéis do Quitexe: Grenha Lopes, Viegas, António
Fernandes (de bigode) e Delmiro Ribeiro (de óculos)


O dia 28 de Agosto de 1975, há 46 anos!..., foi tempo de o MPLA de Agostinho Neto, denunciar a invasão de Pereira d´Eça por forças militares sul-africanas.
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, a poucos dias dias de regressarem a Portugal e continuando como «unidade de reserva da RMA», aquartelados no Campo Militar do Grafanil, mantinham-se muito expectantes sobre a actualidade angolana e a riscar dias do calendário, para o do regresso a Portugal.
«Forças sul-africanas continuam a violar o território angolano», acusava o movimento presidido por Agostinho Neto, dando conta que a chegada a Pereira d´Eça acontecia depois de «terem destruído completamente um centro populacional civil».
A invasão passou pelo posto fronteiriço de Santa Clara, no dia 21 e repetido a 26, neste caso continuando em Namacunde, em direção ao Chieve.
«O que acontece neste momento na fronteira Sul não difere, na essência, do que acontece a norte, nas fronteiras do Zaire e do Uíge», referia o MPLA, aludindo, implicitamente, «a ingerências da República do Zaire nos assuntos internos de Angola».
O comunicado do MPLA chamava, depois, «a atenção das autoridades políticas e militares portuguesas para as responsabilidades que ainda lhe cabem, na condução conjunta do país» e protestava a África do Sul «por esta violação e agressão», exigindo das suas autoridades «a retirada imediata de quaisquer efectivos militares que se encontrem abusivamente em território angolano».

Angola poderia alimentar
50 milhões de pessoas !

Os arranjos da rede estradal do Uíge, e particularmente na ZA dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, continuavam um ano antes, pelos fins de Agosto de 1974.
A segurança dos trabalhadores da Junta Autónoma de Estradas de Angola (JAEA) era, recordemos e naquela área uíjana, assegurada «sob protecção de escoltas militares» dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
O dia 28 de Agosto de há 45 anos foi tempo de Tangisina Kuzayiladio, representante da FNLA, considerar em Budapeste (capital da Hungria) que «as riquezas de Angola e do seu território inexplorado poderão alimentar 50 milhões de pessoas». O que, precisou, não se poderia concretizar «enquanto Angola não se tornar independente».
Tangisina Kuzayiladio falava na Conferência Sobre a População Mundial, onde admitiu, todavia, que «enquanto Angola não se tornar independente, esses problemas deverão passar para segundo plano, a fim de que todos os esforços sejam desenvolvidos no sentido da obtenção da liberdade».
Amaral e a neta Inês

Amaral, sapador da CCS, 69
anos em Lordelo do Douro !

O soldado sapador Amaral, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, festeja 69 anos a 28 de Agosto de 2021.
António José da Silva Amaral jornadeou pelo Quitexe e Carmona e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à Foz do Douro, no Porto. Trabalhou na área da construção civil e, já aposentado, mora agora no Bairro Nuno Pinheiro Torres, em Lordelo do Ouro.
O António Amaral não falta aos encontros anuais da CCS dos Cavaleiros Norte, infelizmente interrompidos pela pandemia, e para ele vai o nosso abraço de parabéns!!!

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