CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

3 608 - Cavaleiros do Norte com mais 4 furriéis milicianos nomeados para a RMA

Três Cavaleiros do Norte no bar/restaurante Rocha, no Quitexe: o
 1º. cabo António Pais (rádio-montador), o furriel miliciano Viegas (Ran-
gers) e o 1º. cabo Emanuel Miranda dos Santos (escriturário), que hoje
 festeja 64 anos É empresário do ramo dos transportes nos Estados Unidos

Cavaleiros do Norte de Zalala: NN (quem é), furriel Eu-
 sébio Martins (falecido a 16/04/2014, em Belmonte, de
 doença), António Pedro Coelho (atirador), NN, NN e Car-
los Manuel da Costa Santos, o Plateias, atirador de Cava-
laria, falecido a 12/2015, em Pisões, de Pataias, Alcobaça

A 12 de Dezembro de 1974, Angola recebia uma notícia: o Governo Português propusera os Açores como local para a Cimeira com os três movimentos - o MPLA, a FNLA e a UNITA - «antes do Natal». Tal não se viria a confirmar, porém. «Continuam, os contactos e as negociações para acertar o local do encontro e sabemos, por outro lado, que os movimentos ainda não deram resposta a qualquer das propostas», noticiava o Diário de Lisboa.
Os furriéis milicianos António Augusto faria Novais
  Rebelo (que há 43 anos foi «nomeado para servir no
 Ultramar»), Martins, Mourato e Matos, todos da
 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa

Um Governo 
de Transição

O objectivo era, recordemos, formar um Governo de Transição, até à independência de Angola, e expectava-se, até, há precisamente 42 anos, que os três movimentos chegassem a acordo com alguma facilidade. Expectava-se, mas já se adivinhavam problemas, por exemplo na questão da «fusão das forças combatentes dos movimentos num único exército nacional».
Furriéis milicianos Neto, Viegas e  Monteiro «nomeados»
 pelo RC4 a 13 de Dezembro de 1974, pela OS nº. 291 e
para a Região Militar de Angola (RMA) e o BCAV. 8423
 
«A constituição do Governo transitório apresenta sérias dificuldades», reportava o Diário de Lisboa de 12 de Dezembro de 1974, uma quinta-feira, adiantando, contudo, que deveria englobar «ministros e técnicos das quatro partes interessadas», que naturalmente eram Portugal e os três movimentos de libertação. E um Alto-Comissário do Governo Português.
O ministro Melo Antunes (sem pasta) estivera dias antes do arquipélago e admitia-se que a razão era precisamente preparar a cimeira, «ao menos em parte». Mas, ao tempo, e segundo o DL, parecia «muito improvável que a reunião se inicie na quarta-feira» - o dia 18 de Dezembro de 1974 -, como alguns jornais matutinos de Lisboa noticiavam nessa manhã. Por outro lado, também era considerado «pouco certo que a importante reunião tenha lugar na Ilha Terceira».
Não foi, como se sabe. Seria no Hotel Penina, no Alvor, Algarve, e já em Janeiro de 1975, entre os dias 10 e 15. A independência foi marcada para 11 de Novembro desse mesmo ano.
A Ordem de Serviço nº. 291 do RC4, com as nomeações
 para a RMA dos futuros furriéis milicianos Monteiro,
Viegas, Neto e Rebelo, então ainda do CIOE

Cavaleiros do Norte
com mais 4 furriéis

A Ordem de Serviço nº. 291 do Regimento de Cavalaria nº. 4 (RC4) publicou, a 13 de Dezembro de 1974, várias «nomeações para o Ultramar».
Três deles estavam ainda no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE): o Monteiro (na 1ª. Companhia de Instrução, em Penude), o Viegas e Neto (na companhia de Caçadores). Os três de Operações Especiais (Rangers).
O quarto era António Augusto Faria Novais Rebelo, de transmissões e também oriundo do CIOE. Foi colocado no Batalhão de Caçadores nº. 5 (BC5), em Campolide, Lisboa, a 10 de Dezembro desse ano de 1973, para frequentar a Instrução Especial (IE) da Escola Prática de Quadros (EPQ). Com ordem de apresentação o RC4 a 28 de Fevereiro de 1975.

Sem comentários:

Enviar um comentário