CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

3 616 - O adeus ao Quitexe do Pelotão de Morteiros 4281

Grupo do Pelotão de Morteiros 4281. O alferes Leite é o terceiro, a con-
 tar da direita. O terceiro da esquerda é o enfermeiro Esmoriz. E os outros,
 quem identifica? Começou a sair para Carmona, em 20/12/1974. Há 42 anos!
O tenente Acácio Luz (de costas) e, de frente, os alferes
 milicianos Carlos Silva (em primeiro plano), António
 Garcia (falecido a 02/11/1979), Jaime Ribeiro e João Leite
 (à direita), comandante do Pelotão de Morteiros 4281


O Pelotão de Morteiros 4281 (PELMOR 4281) foi contemporâneo dos Cavaleiros do Norte no Quitexe - já lá estava, quando chegámos, a 6 de Junho de 1974 - e começou a rodar para Carmona a 20 de Dezembro desse mesmo ano, no âmbito da «mutação dos dispositivo militar» da zona de acção operacional do BCAV. 8423.
Os furriéis Fernando  Pires
 e Luís Filipe Costa
A primeira fase da retracção do subsector terminara dias antes, recordemos, a 10 de Dezembro, quando a 3ª. CCAV. 8423 rodou da Fazenda Santa Isabel para o Quitexe. A mudança do Pelotão de Morteiros 4281 para Carmona (e para o BC12) só seria terminada em Janeiro de 1975.
O PELMOR 4281 partiu para Luanda a 16 de Abril de 1974, «estagiou» uns quatro ou cindo dias no Campo  Militar do Grafanil e só depois partiu para o Quitexe, integrado num MVL. Ali, rendeu um outro PELMOR, que já ali estava há 28 meses.
Era comandado pelo alferes miliciano João Leite, um oficial açoriano (foto acima) que agora é empresário nos Estados Unidos, em San Lorenzo, na Califórnia, na área das tecnologias de informação. É casado, pai de um casal e avô de 3 netos.
Valdemar e Pagaimo, ambos do
 Pelotão de Morteiros 4281

Tiros de G3 a alvos
em... andamento!

Os quadros do PELMOR 4281 incluíam os furriéis milicianos Fernando Pires e Luís Filipe Costa, para além do 2º. sargento Ferenando Gomes (que era o responsável pela secretaria). 
A memória lembra-nos um militar alto e meio desengonçado, de tez escura e já com mais de 40 anos e 3 ou 4 comissões, a primeira delas na Índia. Era casado e lá (no Quitexe) tinha a esposa Raramente frequentava o bar e messe de sargentos.
O furriel Luís Filipe Costa avivou-nos a memória sobre o 2º. sargento Gomes: «Era o antigo chefe da carreira de tiro de Mafra e uma máquina a fazer tiro de G3. Conseguia saltar de um «burro de mato» em andamento e acertar num alvo em andamento e a uma distância considerável». 
O furriel Luís Filipe Costa é agora aposentado da SONAE e administrador de condomínios em Tavira. Reside no Estoril. O Fernando Pires é reformado da GNR e reside bem perto, em S. Domingos de Rana, embora seja do Porto.
O 1º. cabo Celestino de Jesus Pagaimo era outro «morteiro» e viria a ser nosso companheiro em outras andanças da vida pós-jornada africana do Uíge angolano. É natural e residente em Cantanhede e agora está reformado das Brigadas de Trânsito da GNR. E também o Valdemar e o Delmar, de Espinho. Tudo boa gente! 

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