CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 9 de julho de 2017

3 818 - Fim da Operação Castiço DIH, a FLEC em Lisboa!

Combatentes da CCAÇ. 4145, companheiros da jornada africana do Uíge
 angolano, aquartelados em Vista Alegre: António Dias (meio tapado pela 
coluna), furriéis Freitas (de costas) e Cerqueira, capitão Raúl Corte Real (co-
mandante), 1º. sargento Sobreiro e furriel Ramos (de pé). Grande suecada!


Cavaleiros do Norte do PELREC: 1º. cabo Almeida (fale-
cido a 28/02/2008, de doença e em Penamacor), Messejana
(f. a 27/11/2009, de doença e em Lisboa), Neves, 1º. cabo
Fernando Manuel Soares (que faz 65 anos a 10/07/2017,
no Laranjeiro, em Almada) e Florêncio. Em baixo, 1º. ca-
bo Vicente (f. a 21/01/1997, em Vila Moreira, Alcanede),
furriel Viegas e Francisco



A Operação Castiço DIH terminou a 9 de Julho de 1974 e foi o grande «baptismo operacional» dos Cavaleiros do Norte por terras, trilhos, picadas e matas do Uíge angolano. Muitos medos se sentiram e «mataram» nestes dias que, felizmente, não fizeram lutos.
O início fora a 20 de Junho e nela «participaram todas as subunidades orgânicas» do BCAV. 8423: as suas 4 Companhias (a CCS do Quitexe e as operacionais de Zalala, Aldeia Viçosa e Santa Isabel) e as associadas CCAÇ. 4145 (a de Vista Alegre, ver foto), a CCAÇ 209/RI 21 (do Liberato) e o Pelotão de Morteiros 4281 (no Quitexe).
A Operação Castiço DIH, recordemos, teve a participação dos Flechas de Carmona e da 41ª. Companhia de Comandos. Esta, deveria ter «8 dias de actividade operacional», mas retirou-se da acção ao fim de 18 horas - após um seu soldado ter «accionado» uma mina anti-pessoal, num trilho da Baixa do Mungage, da qual lhe resultou a amputação de um pé. Foi evacuado pelo PELREC e para a enfermaria do Quitexe, de onde foi levado para o Hospital Militar do Negage.

FLEC com governo
Provsório em Lisboa

O dia 9 de Julho de 1974, uma 4ª.-feira, foi tempo para uma delegação da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) voar para Lisboa, com o objectivo de «travar conver-
sações com o Governo Provisório».
A FLEC, como o próprio nome indica, reivindicava a independência do território situado a norte de Angola e muito rico e petróleo. 
«É muito contestada no Enclave, por pretender a separação do restante terri-
tório angolano», reportava, porém, o Diário de Lisboa de há 43 anos, citando «os enormes jazigos de petróleo, explorados pelos americanos»
A véspera, recordemos, fora dia de a imprensa noticiar a inauguração, ma cidade de Cabinda, da sede da União Democrática dos Povos de Cabinda (UDPC) - que preconizava a união de Angola e o Enclave. Portanto, anti-separatista.  E crítico da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), considerando que os seus dirigentes eram «oportunistas»



Fernando M. Soares,
1º. cabo do PELREC

Soares, 65 anos
no Laranjeiro

O 1º. cabo Soares, Cavaleiro do Norte da CCS, está em festa de anos: faz 65 a 10 de Julho de 2017.
Fernando Manuel Soares foi especializado em Reconheci-
mento e Informação, mas afirmou-se como atirador de Cava-
laria do PELREC. Morava na Cova da Piedade, ao tempo da nossa jornada africana de Angola), e lá regressou a 8 de Setembro de 1975, fazendo vida profissional nos estaleiros. Vive agora no Laranjeiro, em Almada, já aposentado e viúvo, com alguns problemas de saúde. Para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!  


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