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| Os furrieis milicianos Joaquim Farinhas (falecido a 14 de Julho de 2005), Francisco Neto e Viegas na sanzala do Talambanza, com o «engraxador» Papelino. O inesquecível «Papelino»... |
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| O padre Albino Capela no baptizado de uma criança do Família Rei, frente à Igreja do Quitexe |
A 14 de Julho de 1974, o comandante Carlos Almeida e Brito, do BCAV. 8434, voltou a reunir no Comando do Sector do Uíge (CSU), em Carmona e onde «foram estabelecidos contactos operacionais» - no seguimento, aliás, de encontros anteriores.
O dia foi intenso para o comandante dos Cavaleiros do Norte, que também se deslocou à Fazenda do Rio Duízo, acompanhado por autoridades administrativas e eclesiásticas do Quitexe. Certamente, o administrador Pimentel Teixeira (ou o interino Galina) e o padre Albino Capela - que ali terá celebrado missa.
Era domingo e, em Luanda, a população dos musseques preparava uma greve, em luto pelas vítimas do Bairro Cazenga. Preparava-se para, no dia seguinte, segunda-feira, não comparecer ao trabalho e «vivia-se um clima de instabi-lidade, registando-se alguns pequenos incidentes, sem consequências graves».
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| Diário de Lisboa. A 1ª. página da edição de 14 de Julho de 1975, há 40 anos!!!, sobre os incidentes de Luanda e expulsão da FNLA, pelo MPLA |
Dias difíceis
em Carmona
Um ano depois, Carmona e a região do Uíge continuavam sob as ameaças e actos da FNLA e do seu Exército Nacional de Libertação de Angola - o ELNA.
Bem sentimos, na pele e na alma, as dores desses difíceis e arriscados tempos!
Em Luanda, o MPLA «correra» com a FNLA e dominava a situação - o que, conjugado com muitos outros factores (muitos deles desconhecidos, ao tempo), nomeadamente a conquista e domínio militar de outras regiões, fazia admitir, como relatava o Diário de Lisboa desse dia, «colocar em risco algumas unidades portuguesas estacionadas, nomeadamente no Uíge, com efectivos relativa-
mente pequenos, no caso de virem a ser acusados de darem apoio ao MPLA - como de resto, já tem sido feito». Era o caso do BCAV. 8423.
O dia de há precisamente 42 anos assinalou, também, o início de «constante afluxo de refugiados da FNLA a Carmona». Vindos de posições tomadas pelas FAPLA do MPLA e onde estava fragilizada a sua segurança.
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| O furriel miliciano sapador Joaquim Farinhas, em 1975, em Carmona |
A morte do furriel
Joaquim Farinhas
O furriel miliciano Farinhas, do Pelotão de Sapa-
dores, faleceu a 14 de Julho de 2005. Já há 12 anos e em Amarante, de doença.
Joaquim Augusto Lopo Farinhas foi Cavaleiro do Norte, da CCS e no Quitexe, até Março de 1975 - quando, e já em Carmona, foi transferido por razões de natureza disciplinar.
O Farinhas, de volta a Portugal (em data que desco-
nhecemos, esteve algum tempo emigrado nos Estados Unidos e, mais tarde, regressado a Portugal, fez carreira na Guarda Florestal. Infelizmente e vítima de doença, faleceu a 14 de Julho de 2005, na sua Amarante natal. Pelo Qui-
texe, foi companheiro de fartas, muitoi vivas e discordantes conversas, que algumas vezes politicamente se estremaram. Tinha as suas ideias, pouco coin-
cidentes com as da maioria (politicamente impreparada) dos frequentadores da nesse e bar dos sargentos, mas isso não afastou sensibilidades ou camaradagem. Era um bom companheiro! Que recordamos com muita saudade, fazendo memória de um Cavaieiro do Norte de sempre! RIP!!!
| Vicente José Alves organizou o encontro da CCS de 2017, no RC4. O Carlos Ferreira. à direita, vai organizar o do 2018, em Santaré |
em Lousada e Vila de Rei
O Mota e o Vicente fazem hoje 65 anos, ambos com boa saúde e de bem com a vida.
Augusto António dos Santos Mota foi 1º. cabo auxiliar de enfermagem da 3ª. CCAV. 8423 - a da Fazenda Santa Isabel. Natural de Cristelo, em Lousada, lá regressou a 11 de Setembro de 1975
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| Augusto Mota, 1º. cabo enfermei- ro da 3ª. CCA |
Vicente José Alves foi condutor da CCS do BCAV. 84233, Cavaleiro do Norte do parque-auto (o da «ferrugem»), e o organizador do encontro de 2017, no RC4, em Santa Margarida.
Natural de Cucados, freguesia do concelho de Vila de Rei (centro geodésico de Portugal), lá continua a residir - agora já aposentado da construção civil, de que foi (é) médio empresário.
Ambos está a festejar a bonita idade de 65 anos (também o 1º. cabo cozinheiro José Manuel Temporão Campos, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala mas a residir em Monção) e para eles vão os nossos fortes abraços de parabéns!





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