CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

3 839 - Comandos e paraquedistas para a rotação do BCAV. 8423

Cavaleiros do Norte no Quitexe. De pé, 1º. cabo Cordeiro, Francisco e Flo-
rêncio, 1º. cabo Vicente (de branco, falecido a 21/01/1997), NN (de bigode), 1ºs.
 cabos Soares e Almeida, Marcos (a fumar), Messejana e NN. Em baixo, Aurélio,
furriel Neto, Madaleno, NN e 1ºs. cabos Silvestre e Almeida (cozinheiro)

O cozinheiro José Miguel dos Santos, soldado da CCS, em
primeiro plano e à saída de uma missa na Igreja do Quitexe

A 31 de Julho de 1975, uma 5ª.-feira, «começou a materializar-se a operação de rotação» do BCAV. 8423 de Carmona para Luanda «com a chegada de viaturas e de tropa de reforço» - uma Companhia de Comandos (que ficou no BC12) e outra de Paraquedistas (no Negage).
O conflito MPLA/FNLA estendia-se, por esta altura, a pelo menos mais localidade: Porto Amboim, importante porto piscatório do Quanza Sul. 
Cavaleiros do Norte: NN (quem é?),
António Cabrita e Alípio Canhoto
«O emprego de armas pesadas pôs a população em pânico», relatavam as agências informativas ANI FP, AP e UPI, acrescentando que «a maioria da população foi evacuada pleno navio «Sofala, com destino ao Lobito».
Novo Redondo, 80 quilómetros ao sul e depois da paragem de terça-feira imediatamente anterior, «viu» os combates retomados na quarta, «com particular violência, tendo também sido usadas armas pesadas». A população, naturalmente alarmada com a situação, preparava-se para abandonar a cidade.
 Em Malanje, a sul de Carmona (actual cidade de Uíge), «as 6000 pessoas que estavam refugiadas nos quartéis portugueses, estavam a ser evacuadas para o sul de Angola, em comboios de 50 viaturas, escoltados por tropas portuguesas durante 10 quilómetros»
Luanda e Caxito estavam em «situação estacionária, não havendo notícias de incidentes e de movimentos de tropas».
Base Aérea de Henrique de Carvalho


UNITA e MPLA: combates
em Henrique de Carvalho

Novidade deste dia de há 42 anos foi a de combates entre o MPLA e a UNITA - que até então (a UNITA) estava de fora da crescente situação de previsível guerra civil angolana. As confrontações armadas tinha acontecido na antevéspera - dia 29 de Julho de 1975, uma terça-feira.
«A situação encontra-se já normalizada», reportavam as agências de noticias, a 31 de Julho desse mesmo ano (de há precisamente 42), referindo-e aos comba-
tes em Henrique de Carvalho, a agora cidade de Saurimo, capital da Lunda.
A data assinalou também a saída de Luanda de quadros dos Consulados de França, Itália, Bélgica e Alemanha - que ficaram limitados aos mínimo indispensável de pessoal. Isto, devido à «instabilidade da situação provocada pelas confrontações armadas entre os movimentos de libertação».
Três cidadãos norte-americanos também abandonaram Luanda no mesmo avião e o Consulado inglês fechou os seus serviços. 
Por outro lado, acentuava-se «o êxodo dos portugueses». Quatro aviões da TAP e uma companhia estrangeira «asseguram diariamente o repatriamento para Portugal de 2000 cidadãos».

António C. Simõ

Simões, mecânico, 65 anos
em Figueiró dos Vinhos !!!

António da Conceição Simões foi soldado mecânico-auto da CCS dos Cavaleiros do Norte.
Natural de Vale do Rios, da freguesa e concelho de Figueiró dos Vinhos, lá regressou a 8 de Setembro de 1975, depois de con-

cluída a sua jornada africana do Uíge angolano - no BCAV. 8423.
Fez carreira profissional na GNR e, já aposentado, mora no Guizo, em Figueiró dos Vinhos - onde recentemente teve «fogo à porta» e para onde vai o nosso abraço de parabéns, pelos 65 anos que festeja a 31 de Julho de 2017.

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