CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 13 de julho de 2017

3 822 - Tropa Portuguesa no Uíge: a FNLA, Carmona, Negage e Salazar!

Combatentes da FNLA nas ruas da cidade de Carmona. Os dias de Julho
de 1975 foram de continuada provocação e ameaças aos Cavaleiros do

Norte, que, porém, controlaram, sem quaisquer baixas, a situação militar
Cavaleiros do Norte da CCS, ambos 1ºs cabos: o Joaquim
Breda, condutor (a tocar viola) e Victor Vieira, o Sacris-
tão, que hoje faz 65 anos na Vidigueira

O dia 13 de Julho de 1975, um domingo, foi tempo de, em Carmona, se realizar um comício da FNLA, com o seu ELNA, no qual se proferiram afirmações que ainda mais fragilizaram a confiança, já de si bem ténue, muito frágil, dos comandos e das NT, generalizadamente, na FNLA - que desabridamente acusava a tropa portuguesa de apoiar o MPLA.
O dia teve outras «marcas»:
1 - A FNLA impediu a saída de um MVL para Luanda (e tal repetiu no dia 21) - o que motivou enorme desconforto entre a guarnição e motivou mesmo uma reunião de um grupo de furriéis milicianos - quem, no terreno e hora a hora e dia a dia, vinha a comandar as NT, com alguns alferes milicianos  - reunião com o comandante Almeida e Brito.
2 -  A mesma FNLA que, recordemos, se achava a «dona do Uíge» procurou, sem efeiro, fazere«imposições aos comandos militares de Carmona». 
3 - A mesma FNLA, bem perto de Carmona, no Negage, cercou o quartel das NT e pediu as armas da CCAÇ. 4741, sem que tal se concretizasse. 
A FNLA, tanto quanto nos era dado a perceber, mais que se achar «senhora do Uíge«, tentava evitar a crescente ascensão territorial do MPLA e, por isso mesmo, pressionava e ameaçava as NT.
 A imprensa do dia 13 e Julho de 1975 relatava que, e citamos o Diário de Lisboa,«essa possibilidade poderia colocar em risco algumas unidades portuguesas estacionadas no distrito do Uíge com efectivos bastante pequenos». Bem entendido e disso mnão tínhamos dúvidas: colocar em risco os Cavaleiros do Norte e as suunidades que lhe estava adidas!
O quartel do Negage

Cerco à CCAÇ. 4741
e ataque ao Quartel de
Salazar (N´Dalatando)


O dia 13 de Julho de 1975 foi o oo cerco ao quartel do Negage, onde estava instalada a CCAÇ. 4741. Tinha estado em Santa Cruz e Sanza Pombo e dela tinha feiro parte o furriell João  Peixoto. Para ela tinha sido trabnferio,em mOutubro de 1974, o «nosso? furriel Mota Viana, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
A FNLA queria armas, mas a situação foi rapidamente  controlada pelas NT - sem que se registassem quaisquer baixas.
Em Salazar, não muito longe da cidade de Carmona, as tropas MPLA bombardearam as posições do ELNA (tropa da FNLA) - cujos os elementos tiveram de se «refugiar no quartel das forças portuguesas»
A cidade (actual N´Dalatando) registou «bombardeamentos durante largo período de várias zonas da cidade, a partir de bases do MPLA». O próprio quartel das NT, foi alvo de «três granadas de morteiro», sem que, porém e felizmente, «tivessem provocado vítimas». 
José Morais, um dos 
comerciantes e
industriais do Quitexe


Reuniões no Quitexe, com
autoridades, comerciantes
e fazendeiros 

Um ano antes, o comandandante almeida e Brito reuniu, no Clube do Quitexe, com as autoridades tradicionais da zona.O objectivo era a «mentalização das populações» para a nova realidade política e social, saída do 25 de Abril -  a revolução de apenas três meses antes.
A razão foi a mesma para, no mesmo dia, «seguidamente reuir com os comerciantes e elevado número de fazendeiros».
Um dos comerciantes da vila quitexana era conterrâneo do (autor) do blogue - o sr. José Morais. Natural de Valongo do Vouga, em Águeda, era comerciante e industrial de camionagem, agente de produtos ds Sacor, da Gascidla, da CUCA e dos refrigerantes Crush.
Victor Vieira, o Sacristão, com a esposa e um
neto. Que o reconheceria com esta bigodaça?!
Em baixo, em 1974 e 1975


Vieira, o Sacristão, 65
anos na vidigueira

O 1º. cabo Vieira, auxiiar de serviços religiosos do BCAV. 8423, está hoje em festa dos 65 anos!
Victor Manuel da Cunha Vieira era (é) natural da Vidigueira, no Alentejo - onde nasceu a 13 de Julho de 1952. Lá regressou a 8 de Setem-
bro de 1975 e lá faz vida profissional, em actividades ligadas à restauração. 

Há 10 anos, teve um problema de saúde (um AVC), do qual recuperou suficientemente - de modo a poder continuar normalmente a sua vida pessoal, social, familiar e profissional. E é o que faz o Vieira - Cavaleiro do Norte que, pelo Quitexe, também eta conhecido por Vidiguêra (o nome da localidade com sotaque alentejano) - , a este nível, no café-bar da sede da Junta de Freguesia da vila.
Hoje faz 65 anos, na sua Vidigueira natal. Parabéns para ele, embrulhados na saudade de o não ver há quase 42 anos. Parabéns e  muitos mais, bons e felizes anos de vida! 


Campos de Zalala,
65 anos em Monção

O 1º. cabo cozinheiro Campos, da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Zalala, faz 65 anos a 14 de Julho de 2017.
José Manuel Temporão Campos, de seu nome completo,  era natural e morador no lugar da Quinta dos Picados, da freguesia e concelho de Monção, e lá regressou a 9 de Setembro de 1975. Nada mais dele sabemos, mas não deixamos de lhe enviar o nosso abraço de parabéns, pela data feliz que hoje comemora.

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