Cozinheiros do Quitexe armados para irem à lenha: 1º. cabo José Maria Almeida (da messe de oficiais) e José Rebelo e Joaquim Duarte (os dois da messe de sargentos) |
Vasco Vieira de Almeida |
A escassez de alimentos era um dos principais problemas que, há preci-
samente 43 anos, preocupava as autoridades portuguesas, que ainda detinham a soberania angolana. «Será talvez necessário o auxílio interna-
cional para aprovisionar a martiriza-
da cidade e evitar a forme», declarou Vasco Vieira de Almeida, o ministro da Economia do Governo de Transição, nomeado por Portugal.
Angola, ainda assim e segundo o Diário de Lis-boa, «dispunha de alimentos suficientes», mas, precisou o ministro português, «não havia pos-sibilidade de os transportar para Luanda».
As reservas de combustíveis e de alimentos, a esse tempo e na mesma cidade capital angolana, «poderiam esgotar-se em poucos dias», o que seria verdadeiramente dramático. E absolutamente de evitar. Seria o caos social.
Ao mesmo tempo, prosseguiam os combates entre MPLA e FNLA, com solda-
dos deste movimento (os do Exército de Libertação Nacional de Angola, o ELNA) «sitiados, sem mantimentos e desejosos de de renderam», de acordo com o livro «Segredos da Descolonização de Angola», de Alexandra Marques. Mas o presidente Holden Roberto ordenou-lhes que «não saíssem da fortaleza» - a de S. Pedro da Barra - porque «seria um erro gravíssimo evacuar», quando se preparava «o assalto final» a Luanda.
Tropa portuguesa a proteger a saída da FNLA do Bairro do Saneamento. À direita, parece ser o alferes António Manuel Garcia (recorte do Diário de Luanda mandado pelo R. Tomás) |
Cavaleiros do expectantes
no Grafanil e por Luanda!
Aquartelados no BIA do Campo Militar do Grafanil, os Cavaleiros do Norte mantinham-se expectantes, muitos deles em prevenção simples e outros a turistar pela cidade e ilha.
Luanda era, por esse tempo de há 43 anos, uma cidade de profundos contrastes: a guerra, a ferocidade dos combates, o sangue e a morte, por um lado; a vida a continuar como se nada fosse, o comércio, a restauração e os serviços, tudo a funcionar como se nada se passasse.
Os ferozes combates do Bairro do Saneamento, de onde a FNLA foi evacuada sob protecção da tropa portuguesa, estavam, todavia, bem presentes na memória emotiva dos Cavaleiros do Norte que neles intervieram
João Aldeagas em Luanda (1975) |
Aldeagas, furriel de Zalala,
66 anos em Estremoz!
O furriel miliciano Aldeagas, atirador de Cavalaria e alentejano de Estremoz, festeja 66 anos a 11 de Agosto de 2018.
João Matias Mota Aldeagas especializou-se na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e serviu os Cavaleiros do Norte do Norte da 1ª. CCAV. 842. Natural do Monte da Raspadinha, na freguesia de Santa Vitória do Ameixial, lá voltou a 9 de Setembro de 1975, quando concluiu a sua jornada africana do Uíge angolano. Por lá é empresário do sector agro-pecuário e para lá vai o nosso abraço de parabéns!
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