CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

4 223 - A fome ameaçou gentes de Luanda por Agosto de 1975!

Grupo de Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, todos furriéis milicianos
e em 2016: Mota Viana, Américo Rodrigues, Victor Velez, João Aldeagas (que
 amanhã faz 66 anos, em Estremoz), Manuel Pinto, João Dias e Plácido Queirós
Cozinheiros do Quitexe armados para irem à
lenha: 1º. cabo José Maria Almeida (da messe
 de oficiais) e José Rebelo e Joaquim Duarte
 (os dois da messe de sargentos)

Vasco Vieira
de Almeida

A escassez de alimentos era um dos principais problemas que, há preci-
samente 43 anos, preocupava as autoridades portuguesas, que ainda detinham a soberania angolana. «Será talvez necessário o auxílio interna-
cional para aprovisionar a martiriza-
da cidade e evitar a forme», declarou Vasco Vieira de Almeida, o ministro da Economia do Governo de Transição, nomeado por Portugal.
Angola, ainda assim e segundo o Diário de Lis-boa, «dispunha de alimentos suficientes», mas, precisou o ministro português, «não havia pos-sibilidade de os transportar para Luanda».
As reservas de combustíveis e de alimentos, a esse tempo e na mesma cidade capital angolana, «poderiam esgotar-se em poucos dias», o que seria verdadeiramente dramático. E absolutamente de evitar. Seria o caos social.
Ao mesmo tempo, prosseguiam os combates entre MPLA e FNLA, com solda-
dos deste movimento (os do Exército de Libertação Nacional de Angola, o ELNA) «sitiados, sem mantimentos e desejosos de de renderam», de acordo com o livro «Segredos da Descolonização de Angola», de Alexandra Marques. Mas o presidente Holden Roberto ordenou-lhes que «não saíssem da fortaleza» - a de S. Pedro da Barra - porque «seria um erro gravíssimo evacuar», quando se preparava «o assalto final» a Luanda.
Tropa portuguesa a proteger a saída da FNLA
do Bairro do Saneamento. À direita, parece
ser o alferes António Manuel Garcia
(recorte do Diário de Luanda mandado pelo R. Tomás)

Cavaleiros do expectantes
no Grafanil e por Luanda!

Aquartelados no BIA do Campo Militar do Grafanil, os Cavaleiros do Norte mantinham-se expectantes, muitos deles em prevenção simples e outros a turistar pela cidade e ilha.
Luanda era, por esse tempo de há 43 anos, uma cidade de profundos contrastes: a guerra, a ferocidade dos combates, o sangue e a morte, por um lado; a vida a continuar como se nada fosse, o comércio, a restauração e os serviços, tudo a funcionar como se nada se passasse.
Os ferozes combates do Bairro do Saneamento, de onde a FNLA foi evacuada sob protecção da tropa portuguesa, estavam, todavia, bem presentes na memória emotiva dos Cavaleiros do Norte que neles intervieram
João Aldeagas em
Luanda (1975)

Aldeagas, furriel de Zalala,
66 anos em Estremoz!

O furriel miliciano Aldeagas, atirador de Cavalaria e alentejano de Estremoz, festeja 66 anos a 11 de Agosto de 2018.
João Matias Mota Aldeagas especializou-se na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e serviu os Cavaleiros do Norte do Norte da 1ª. CCAV. 842. Natural do Monte da Raspadinha, na freguesia de Santa Vitória do Ameixial, lá voltou a 9 de Setembro de 1975, quando concluiu a sua jornada africana do Uíge angolano. Por lá é empresário do sector agro-pecuário e para lá vai o nosso abraço de parabéns!

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