CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

4 226 - Remodelação da PSPA, OPVDCA e PIM; a evacuação do Rogério Raposo!

Cavaleiros do Norte de Zalala. À frente, os furriéis milicianos José Nascimento, Américo Rodrigues (ontem 
falecido, de doença e com funeral marcado para amanhã, 1 de Setembro, em S. Cosme, VN de Famalicão, às 
17,30 horas) e Manuel Dias (falecido a 20/10/2011, de doença em Lisboa). Ao meio, o 1º. cabo Carlos Fer-
reira e os furriéis milicianos Jorge Barata (falecido de doença, em Alcains e a 10/10/1997) e José Louro. 
Quem identifica os restantes?
O soldado Rogério Raposo. da 1ª. CCAV. 8423, foi
evacuado do Hospital Militar de Luanda para o
de Lisboa a 31 de Agosto de 1975. Há 43 anos!

A «remodelação imposta pelo MFA» incluiu igual transferência de tutela, da parte da Organização Provincial de Voluntários para a Defesa Civil de Angola (OPVDCA), que também tinha quartel no Quitexe, na saída da vila, para a cidade de Carmona. Também passou a depender do CSU.
Outra alteração do dia de há 45 anos teve a ver com a Polícia de Informação Militar (PIM), que passou a denominar-se Gabinete Especial de Informação (GEI), supondo-se que mantivesse o mesmo tipo de funções.
Até esta data, as três instituições dependiam operacionalmente do BCAV. 8423 e do comando do tenente-coronel Carlos Almeida e Brito - que era o comandante do Batalhão de Cavalaria 8423, com quartel-sede no Quitexe e companhias operacionais na Fazenda Zalala (a 1ª. CCAV., do capitão miliciano Castro Dias), em Aldeia Viçosa (a 2ª. CCAV., do capitão José Manuel Cruz) e fazenda Santa Isabel (a 3ª. CCAV., do capitão José Paulo Oliveira). E ainda a CCAÇ. 4145, do capitão Raúl Corte-Real (Vista Ale-
gre) e a CCAÇ. 209/RI 21, do capitão Victor (a do Liberato).
Rogério Raposo

Evacuação do Raposo,
TRMS de Zalala !

O soldado Rogério Silvestre Raposo, da 1ª. CCAV. 8423, foi evacuado de Luanda para Lisboa a 31 de Agosto de 1975.
Cavaleiro do Norte da Fazenda de Zalala, e depois de Vista Ale-
gre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, chegou a Lisboa no dia seguinte, sendo internado no Hospital Militar da capital portuguesa. A doença tinha a ver com problemas de locomoção (das pernas), mas felizmente recu-
perou e fez depois vida profissional em Angola - onde trabalhou mais de 20 anos e, em 2015, visitou Zalala, o Quitexe, Aldeia Viçosa e Vista Alegre. 
A Fazenda Santa Isabel, onde esteve aquarte-
lada a 3ª. CCAV. 8423, a do capitão José
Paulo Fernandes e do soldado Brtito

Brito de Santa Isabel, 
67 anos em Lisboa !

O soldado Brito, atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, festeja 67 anos a 31 de Agosto de 2018.
António Joaquim Faria Bacelar de Brito, de seu nome completo, residia no Pá-
tio da Torrinha, da avenida 24 de Julho, freguesia do Socorro, 1º. Bairro, em Lisboa, e lá regressou a 11 de Setembro de 1975, quando acabou a sua comis-
são militar em Angola. Pouco mais dele sabemos, apenas que morará nas Mercês (também em Lisboa) mas para ele, onde quer que esteja, vai o nosso abraço de parabéns!

1 comentário:

  1. O aquartelamento que existia à saída do Quitexe para Carmona não era da OPVDCA, mas sim da Guarda Rural da PSPA. OPVDACA e Guarda Rural eram coisas distintas, como distintas era a sua dependência. É dito que o MFA, determinou a integração dessa força na defesa civil de Angola, que eu tenha conhecimento o MFA não foi quem determinou porque a Guarda Rural, tal como a OPVDCA, já faziam parte da defesa civil. O que o MFA pode ter determinado é que a Guarda Rual, tivesse uma postura diferente da anterior, quero dizer: uma maior interacção com as forças militares, para que não houvesse dispersão de meios, mas isso já se fazia antes do 25 se Abril, muito embora, na prática, isso não fosse possível, dados os meios de que as duas forças dispunham para a sua deslocação. Enquanto a Guarda Rural dispunha de Land-Rovers, as forças militares, na maior parte dos casos, utilizavam os Unimogs, muito mais lentos do que os anteriormente descritos, o que tornava a intervenção mais demorada. Como é sabido no caso de socorro a quem dele necessitava, cada segundo contava.

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