CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

4 230 - Comandante na Guerra e ameaças de «caças» a Luanda!



Cavaleiros do Norte  da CCS, no Quitexe. Atrás, Costa 
(TRMS) e 1º. cabo Teixeira (estofador). No meio, o con-
dutor Gaiteiro e o 1º. cabo Malheiro. Em baixo, o 1º. 
cabo Monteiro (Gasolinas) e o Canhoto. Ao lado, o Pe-
reira, que agora faria 66 anos, a 18 de Agosto, e faleceu 
a 21 de Fevereiro de 2018. RIP!!!
Alm. e Brito,
comandante
do BCAV. 8423

O comandante do BCAV. 8423 deslocou-se à Fazenda Guerra no dia 16 de Agosto de 1974, há 44 anos, no âmbito do «programa de contactos sociais e operacionais».

O tenente-coronel Carlos Al-
meida e Brito sempre se fa-
zia acompanhar de alguns oficiais do BCAV. e a comiti-
va era escoltado ora pelo PELREC do alferes António Manuel Gar-
cia, ora pelo Grupo de Combate de uma das 3 Companhias operacionais que ro-
davam pelo Quitexe. Um em cada mês. 
A Fazenda Guerra fica(va) a
poucos quilómetros do Quitexe.

Sublinhada com traço laranja
Por vezes, também pelo Pelotão de Sapadores comandado pelo alferes miliciano Jaime Ribeiro e com os furriéis, também milicianos, Luís João Mosteias, Cândido Eduardo Pires e Joaquim Augusto Farinhas.
A Fazenda Guerra & Companhia ficava relativamente perto do Quitexe. Saía-se da vila pela estrada (picada) para Ca-
mabatela, a caminho das vizinhas sanzalas do Cazenza e Aldeia (que ficavam à esquerda) e, pouco depois do cemitério (do lado direito), cortava-se à esquerda e em frente na picada. Por lá perto, e se a memória nos não ilude, ficavam também a Fazenda Maria Luísa e mais adiante a José Guerra e a Buzinaria.
Ao tempo, já lá vão 44 anos, estava em execução, de acordo como livro «Histó-
ria da Unidade», um plano de «arranjos da rede estradal», a cargo da Junta Au-
tónoma de Estradas de Angola (JAEA), mas com «protecção de escoltas milita-
res»A 23 de Agosto, terminaram os do itinerário para a Fazenda Zalala e con-
tinuaram em curso os da Estrada do Café, entre Vista Alegre e Ponte do Dange - um troço de asfalto que ligava Carmona a Luanda.
O Diário de Lisboa de
16 de Agosto de 1975
noticiava os prepara-
tivos para o ataque
da FNLA a Luanda


FNLA ameaça Luanda
com «caças» Mirage !

Um ano depois. os Cavaleiros do Norte do BCAV. 842 continuavam aquartelados no extinto Batalhão de Intendência e Angola (BIA) e cada vez mais próximos da data do embarque para Portugal - que, todavia, desconheciam.
Luanda estava grávida de boatos e o mais relevante tinha a ver com a possibilidade de a FNLA atacar a cidade. A partir do Norte, de Carmona (de onde menos de duas semanas antes retirara o BCAV. 8423) e do Negage, onde dispunham da base aérea deixada pelos portugueses.
A presença de caças-bombardeiros «Mirage» era dada como certo, como também o descarregamento de muito material de guerra para a FNLA, que ali chegava transportado em aviões «Skymaster».
Os observadores mais alarmistas, citados pelo Diário de Lisboa de 16 de Agosto de 1975, davam como «iminente ataque a Luanda ou, pelo menos, o apoio aéreo a uma possível tentativa para fazer avançar, a partir do Caxito, as forças das FNLA que ali se encontravam numa situação de impasse há mais de um mês».
O António Clara Pereira, à esquerda e no
encontro de Junho de 2017, no RC4, 42
anos depois do regresso de Angola. Aqui,
com o condutor António, ao meio, e o me-
 cânico Simões. Faleceu, de doença, a 2 de
Fevereiro de 2018. RIP!

Pereira, mecânico, faria
66 anos. Faleceu em 2018!


O soldado mecânico Pereira, da CCS do BCAV. 8423, faria 66 anos a 18 de Agosto de 2018. Fale-
ceu a 21 de Fevereiro de 2018.
António da Clara Pereira era natural de Carreguei-
ra, no concelho de Mação, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jorna-
da africana do Uíge. Durante muitos anos andou «fora do radar» dos Cavalei-
ros do Norte, mas apareceu em 2017, no encontro anual que decorreu no RC4, em Santa Margarida. Felicíssimo por reachar tantos bons companheiros!
Ficámos a saber que trabalhou durante muitos anos na prospecção do petró-
leo nos mares arábicos e que, assim que reformado, se apresentou ao serviço. Isto é: no encontro. E quando alegria todos sentimos por o rever. 
Infelizmente, vítima de doença, faleceu a 21 de Fevereiro de 2018, na sua casa da Carregueira, com um tumor no fígado. Recordamos-lo com saudade. RIP!!!

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