CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

4 233 - A véspera do regresso da CCS dos Cavaleiros do Norte

Cavaleiros do Norte na parada do Quitexe. Atrás e sentados,  Miguel, Canhoto, Gonçalves,  NN, NN e NN.
Na segunda linha, 1º. cabo Luciano, furriel Morais (de boina), Gonçalves, NN, NN, 1º. cabo Mendes e Picote.
À frente e de pé, Esgueira, NN, 1º. cabos Breda e Teixeira (estofador, de tronco nu), alferes Cruz, 1º. cabo Tei-
xeira (estofador), Gaiteiro, Manuel Alves (condutor) e 1º. cabo Malheiro. Quem ajuda a identificar os NN´s?

Condutores da CCS do BCASV. 8423, na pa-
rada do Quitexe: José Gomes e Canhoto 

Pereira (em cima), Delfim Serra, António 
Picote e Manuel Gonçalves 
B. CAV. 8423

Domingo,7 de Setembro de 1975, Campo Militar do Gra-
fanil, nos arredores da ci-
dade de Luanda, Angola! 
Os Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 passam o dia em relativa serenida-
de, mas muito ansiosos e expectantes. Estão a horas, a poucas horas do regresso a Portugal.
As ordens são claras para todos: não sair do aquartelamento, salvo em situações muito excepcionais e muito bem identificadas. Todos partimos juntos para Angola e todos juntos queríamos voltar! Vivos, sãos e salvos!
O problema da falta de géneros alimentícios, o não funcionamento da cozinha (na sua falta), todos os problemas advindos da falta de abastecimentos à cidade não é indiferente aos militares do BCAV. 8423, que nas semanas de Luanda e de Agosto, já por Setembro dentro, tiveram de procurar mesas por tudo quanto era sítio.
O dia 7 de Setembro de há 43 anos, para alguns CCS´s, foi alimentado a tabuleiros de pastéis, que um familiar de um «pelrec» nos desencantou e que regámos com vinho branco que sobrava em garrafões do depósito de géneros. Chá parecia, de tão quente, mas tão bem soube...
Alguns de nós, encostados pelos cantos do BIA e mais cuidados sobre os tempos que vinham, projectavam o seu futuro próximo, interrogados sobre o Portugal que íamos encontrar.
Capa do livro «História da
Unidade» - o BCAV. 8423
Almeida e Brito,
comandante do
BCAV. 8423

Servir em prol do
Exército Português!

Os Cavaleiros do Norte, em final de missão, estavam certos de, como refere o livro «História da Unidade», terem «cumprido o dever que nos solicitaram e que nem sempre foi fácil de cumprir».
«Se foi bom ou mau o tempo passado; se valeu o não a pena estar separados das famílias; se a vinda a Angola deu ou não deu um panorama do que era Portugal; se contraíram, ou não, novos amigos; se os momentos menos agradáveis foram vencidos pelos momentos de euforia; se encontraram, ou não, no Exército, aqui representado pelo nosso BCAV. 8423, uma nova escola de aprendizagem, tudo isso será o vosso exame de consciência», lê-se no HdU.
O comandante Almeida e Brito escreveu depois que «repete-se que foi a «querer e saber querer» que construímos o nosso BCAV.», pelo que, assim sendo, «terá de ser do mesmo modo a edificação da vida futura de todos nós»Sublinhou, a finalizar, que «valeu a pena o vosso servir em prol do Exército Português».
A poucas horas do regresso a Portugal, a hora de partida nunca mais chegava e era contada ao minuto, ou ao segundo, pelo domingo fora de há 43 anos!
José Nunes, condutor da 2ª. CCAV. 8423, a
dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa

Nunes de A. Viçosa,
66 anos em Leira !

O soldado condutor José Nunes, a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, comemora 66 anos a 8 de Setembro de 2018.
Natural da Maceira Liz, freguesia do concelho de Leiria, voltou lá a 10 de Setembro de 1975 e por lá tem feiro vida profissional e familiar. Foi o organizador do encontro de 2011, a 24 de Setembro desse ano e em Leiria, e mora agora nos Pinhais de Baixo, lugar de Vale Salgueiro, da mesma freguesia de Maceira Liz. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!

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