CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 22 de setembro de 2018

4 248 - Comandante Almeida e Brito em Santa Isabel e Minervina !

Fazenda Santa Isabel, onde se aquartelou a 3ª. CCAV. 8423, em dia de reunião. Da esquerda para a di-
reita, o alferes miliciano Augusto Rodrigues, um civil da fazenda, capitão José Paulo Falcão, coman-
dante Almeida e Brito, capitão José Paulo Fernandes (comandante da 3ª. CCAV.) e alferes mi-
licianos Jaime Ribeiro e Carlos Silva
Cavaleiros do Norte de Santa Isabel: José Eusébio, furriel
furriel José Carvalho e alferes Mário Simões (ambos de
jornal na mão) e António Caroço

Há 44 anos, no dia 22 de Setembro de 1974, o comandante Almeida e Brito deslocou-se a duas fazendas da ZA do BCAV. 8423: a Santa Isabel, onde se aquartelava a 3ª. CCAV. 8423 mas reuniu com gerentes, e à Minervina, que era explorada por Alcides Morais (não sa-
bemos se o dono, gerente ou só o encarregado geral).
O tenente-coronel de Cavalaria e coman-
dante do BCAV. 8423 fazia-se acompa-
nhar por oficiais da Unidade. «Foram visitadas particularmente, em convívio de amizade», de acordo com o livro
João P. Coutinho e esposa, fun-
dadores da Fazenda Santa Isabel
 «História da Unidade», que também cita as fazendas Luísa Maria (visitada a 1 de Setembro de 1974), a Vamba (a 8) e a Guerra (a 26).A Fazenda Santa Isabel fora fundada por João Pereira Coutinho e tinha mais de 3 500 hectares de área de cultura. A 3ª. CCAV. 8423 foi a última guarnição militar portuguesa lá aquartelada. De lá saiu a 10 de Dezembro de 1974, quando rodou para o Quitexe.

Notícia do Diário de Lisboa de 22 de Setembro
de 1975, sobre a situação militar em Angola

FNLA reconquistou
o Caxito !

A imprensa desse dia dava conta da chega-
da de Rosa Coutinho a Luanda, ido de Lis-
boa - onde, como presidente da Junta Go-
vernativa, reuniu com o presidente António de Spínola. Que, afirmou ele (Rosa Coutinho, citando o PR), o «autorizou a tornar pública a declaração de que de-
cidiu tomar em suas mãos todas as negociações sobre o futuro de Angola».
Holden Roberto, presidente da FNLA, apelou, em Kinshasa (Zaire) para «a forma-
ção de uma frente comum dos vários movimentos de libertação, tendo em vista discutir com as autoridades portuguesas o futuro de Angola».
Um ano depois e já com os Cavaleiros do Norte em Portugal, Angola continuava em guerra e a FNLA reconquistara o Caxito, a escassos 53 quilómetros de Luanda e até aí ocupada pelas FAPLA, o braço armado do MPLA.
BC12 em Carmona na estrada para o Songo

Lembrar Carmona,
«base» da FNLA !

A vila caxitana era, recordemos, um «ponto estra-
tégico das ligações rodoviárias com o porto de Ambriz e, mais a norte, com Carmona» - localida-
des onde, sublinhava a agência noticiosa France Press, citada pelo Diário de Lisboa (ver imagem mais acima), «estão localizadas as duas principais bases da FNLA» - e do seu Exército de Libertação Nacional de Angola, o ELNA.
Uma vez mais se falava da «nossa» Carmona, de lá do nortenho Uíje angolano da nossa saudade, numa altura em que os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 já levavam duas semanas depois do seu regresso a Portugal.

Sem comentários:

Enviar um comentário