O que resta(va), a 24 de Setembro de 2019, do edifício do Comando do BCAV. 8423, na vila do Quitexe |
A constituição do Governo de Transição de Angola tinha avançado para uma formação diferente das até aí propostas e discutidas e a 14 de Janeiro de 1975 soube-se que «compreenderá três vice-primeiros ministros, um por cada movimento, além do Alto-Comissário, de nomeação Portuguesa».
Alto-Comissário que, segundo o Diário de Lisboa, já não seria Rosa Coutinho, o Almirante Vermelho, mas antes o Brigadeiro Silva Cardoso.
Portugal teria assim se expectava, as pastas a Economia e da Informação, enquanto cada um dos três movimentos teriam cinco ministérios. Não iria ser bem assim.
Admitia-se, há 45 anos, que os vice-1º.s ministros fossem Lúcio Lara (indicado pelo MPLA), Johny Eduardo (pela FNLA e sobrinho do presidente Holden Roberto) e António Vakulukuta (pela UNITA).
O futuro Exército de Angola teria 36 000 homens: 18 000 de Portugal e 6 000 de cada movimento. Os portugueses, porém, iriam gradualmente abandonando Angola até à data de independência: 11 de Novembro de 1975.
O Alto-Comissário Português acumularia com o Comando-Chefe das Forças Armadas, «não sendo de excluir a formação de comissões militares mistas, a exemplo do que tinha acontecido em Moçambique».
O Alto-Comissário Português acumularia com o Comando-Chefe das Forças Armadas, «não sendo de excluir a formação de comissões militares mistas, a exemplo do que tinha acontecido em Moçambique».
Capa do Diário de Lisboa de 14 de Janeiro de 1975 |
A 14, uma terça-feira, hoje se fazem 46 anos, ficou a saber-se que o Governo de Transição de Angola seria formado até ao dia 31 desse Janeiro. E que o acordo entre Portugal e os três movimentos de libertação seria assinado no dia seguinte, às 20 horas.
Que boas notícias chegaram ao Quitexe, a Aldeia Viçosa e a Vista Alegre/Ponte do Dange, terras uíjanas de Angola por onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!!! Mesmo muito boas!
«Pode dizer-se que o acordo está praticamente concluído, tendo voltado as quatro delegações a reunir esta manhã, para ultimarem a redação dos últimos pontos do protocolo, os quais. segundo algumas fontes, se referem à atribuição das pastas ministeriais», reportava o Diário de Lisboa de 14 de Janeiro de 1975, que citamos.
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