CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 16 de janeiro de 2021

5 309 - O histórico Acordo do Alvor ! o novo comandante do RC4 !



O acordo do Alvor foi assinado a 15 de Janeiro de 1975
Coronel Craveiro Lopes
comandante do RC 4, em
Janeiro de 1974

Os soldados Vicente e Marcos e os furriéis
Viegas e Neto à porta do RC4, a 28 de
Março de 2017

Há 47 anos, dia 16 de Janeiro de 1974, o BCAV. 8423, ao tempo em formação no Regimento de Cavalaria nº 4 (RC4), em Santa Margarida, participou nas cerimónias oficiais de posse do novo comandante da unidade, o coronel Craveiro Lopes, que era filho do marechal do mesmo nome, antigo Presidente da República.
Oficial de Cavalaria, já desde 26 de Dezembro de 1973 que era comandante do RC4 e foi substituído a 6 de Maio de 1974, pelo coronel Luís Maria de Sousa Campeão Gouveia. Revelou-se um comandante exigente, áspero até nalgumas vezes, e muito disciplinador. e da Unidade mobilizadora - o dito Regimento de Cavalaria nº. 4.
Era o primeiro acto oficial do BCAV. 8423 e a cerimónia ocorreu num tempo de formação para a guerra subversiva que nos esperava em Angola, pelo que, até talvez por isso mesmo, pouca importância os futuros Cavaleiros do Norte deram ao assunto, muito embora, por dever, tivessem  participado na parada oficial.
O livro «História da Unidade», referindo-se ao momento, refere que terá sido «a primeira aparição como Unidade constituída». unidade constituída», o BCAV. 8423.
 Cavaleiros do Norte, todos furriéis milicianos: Joaquim 
Abrantes, Francisco Bento, Agostinho  Belo, Luís Filipe 
Costa (Morteiros) e António Flora

Acordo do Alvor assinado e
a Angola independente !

Um ano depois, Portugal e os três movimentos de libertação já tinham assinado o histórico acordo do Alvor. Acordo que abria portas para a independência de Angola.
«A partir de agora, vós e os vossos movimentos, estão colocados perante um desafio duplo. É a esperança de todos os angolanos a exigir que homens e partidos, apesar das diferenças sociais, filosóficas e políticas, saibam encontrar soluções angolanas autênticas, baseadas na capacidade de diálogo, no espírito de cooperação e na boa vontade de servir o vosso país», disse o Presidente Costa Gomes, no encerramento e dirigindo-se aos dirigentes do MPLA, da FNLA e da UNITA que participaram na Cimeira do Alvor.
O presidente do MPLA interveio em nome dos três movimentos angolanos: «Aqui, as pretensões dos colonialistas ficaram enterradas para sempre», disse Agostinho Neto, acrescentando que «afastado o obstáculo do colonialismo, nem o povo português nem o povo angolano desejarão recuar na sua transformação progressiva, para uma nova definição do homem na sociedade».
«A dinâmica da vida - acrescentou o presidente do MPLA - só nos pode condu
zir a um destino. O destino do progresso. Se recuarmos, o processo em Portugal e em Angola, este importante acordo, hoje selado, pelo estabelecimento das relações justas entre os nossos povos, romper-se-á inevitavelmente».
O dia confirmou que o almirante Rosa Coutinho deixava o Alto Comissariado e seria substituído pelo brigadeiro Silva Cardoso. Jonas Savimbi, presidente da UNITA e na véspera, voou nos Transportes Aéreos de Angola (TAAG) para Luanda e Agostinho Neto para Lisboa e depois para o Porto (num avião da Força Aérea Portuguesa). Holden Roberto, presidente da FNLA, seguiu para Kinshasa, a capital do Zaire de Mobutu.
Alfredo Coelho, 1º. cabo, com o
 seu amor  de então (1975) e
de hoje. De sempre!
1º. cabo Coe-
lho em 1975

Coelho, o 1º. cabo Buraquinho,  
69 anos em Custóias !

O 1º. cabo Alfredo Rodrigo Ferreira Coelho, especialista de análise e depuração de águas da CCS do BCAV. 8423, festeja 69 anos a 17 de Janeiro de 2021. Amanhã!
Popularizado como Buraquinho, não se pergunte alguma vez pelo 1º. cabo Coelho, que ninguém sabe. Pergunte-se pelo Buraquinho e... está tudo dito, em termos e entre os Cavaleiros do Norte.
Ainda hoje, e por bons motivos, é figura ímpar dos encontros anuais dos Cavaleiros do Norte, depois de ter regressado a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, quando fazia parte da 1Ç. CCAV. 8423 (a de Zalala) e regressado à sua terra natal de Custóias, em Matosinhos. Por lá foi empresário do sector da restauração e, actualmente já aposentado, por lá continua, de boa saúde e sempre boa disposição. E para lá vai o nosso abraço de parabéns!

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