CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

5 311 - O último (mini)encontro da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!

Cavaleiros do Norte da CCS em Custóias, a 18 de Janeiro de 2020: Joaquim Moreira e
Albertino Neves (maqueiros), 1ºs. cabos Miguel Teixeira, Domingos Teixeira e Vasco 
Vieira (Vasquinho), furriel Viegas,1º. cabo Alfredo Coelho (Buraquinho, alferes 
António Cruz, 1º cabo Porfírio Malheiro e José Gomes. À frente, António Calçada
e Américo Gaiteiro, ambos condutores

A «formatura» dos «CCS´s» na «parada»
 do restaurante S. Tiago em Custóias, com
algumas das suas Amazonas do Norte
Alferes António Cruz e, à
esquerda, António Calçada

Um grupo de Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 encontrou-se há um ano, em Custóias. Mal sabíamos, nem poderíamos imaginar, que seria a última vez de um destes momentos de confraternização e avivar memórias da nossa jornada africana do Uíge angolano. 
O grupo, uma dúzia, obedeceu à «ordem de operações» foi do alferes miliciano António Albano Cruz, oficial comandante do Parque-Auto, com acção operacional do 1º. cabo Alfredo Coelho, o imortal Buraquinho, que marcou a operação para o restaurante S. Tiago, em terra muito conhecida pela sua cadeia mas que é de boa gente no atendimento e apetitosa ementa para sossegar estômagos.
A primeira grande boa memória, foi a notícia do condutor Joaquim Celestino, que ao tempo continuava internado no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, mas a reagir muito bem e a recuperar das fragilidades de saúde que para lá o «atiraram». Já teve alta, embora sujeito a tratamentos diários.
O 1º.cabo Coelho (Buraquinho) 
e o sodado maqueiro Moreira
e a amazona de José Gomes, 
condutor da CCS

Memórias da jornada
africana de Angola !

Memórias foram muitas: desde o destemor do comandante Almeida e Brito à humildade do soldado «básico» António Cabrita, o quadro de oficiais, sargentos e praças da pirâmide humana que formou a CCS do BCAV. 8423, com muitas «cenas» à mistura. 
Algumas, por exemplo, do inesquecível tenente Mora (o imortal tenente Palinhas, que faleceu a 21 de Abril de 1993, na Lapa, em Lisboa e de doença, aos 67 anos), os momentos de tragédia dos dias 1 a 6 de Junho de 1975 - os dos fratricidas combates que, em Carmona, opuseram combatentes da FNLA e do MPLA. Ou o dia da revolta da CCAÇ. 2019/RI 21, a da Fazenda do Liberato.
O anfitrião Alfredo Coelho botou faladura para explicar a «operação» ordenada pelo alferes Cruz e não esqueceu a imortalidade de alguns do momentos de bravura, em várias «ações de voluntários à força», nomeadamente na madrugada/manhã de 1 de Junho de 1975.
António Albano Cruz deu força à razão destes encontros: «Fomentar a 
amizade do grupo, ampliá-la para além do almoço anual».
Almeida e Brito e José
Paulo Falcão em 1995

Comandante Almeida
e Brito em Carmona !

O comandante Carlos Almeida e Brito esteve em Carmona no dia 18 de Janeiro de 1975, há 46 anos, para reunião no Comando de Sector do Uíge (CSU).
Oficial de Cavalaria, com a patente de tenente-coronel, foi acompanhado pelo capitão José Paulo Falcão, oficial adjunto e de operações do BCAV. 8423, esteve na capital da província em função, de acordo como livro «História da Unidade», da «necessidade de estabelecimento de contactos operacionais».
Já lá vã 46 anos!
Os furriéis milicianos António Fernandes (que
amanhã festeja 69 anos, em Braga) e Viegas,
há 46 anos e na Avenida do Quitexe
A. Fernandes
em 2020

Fernandes, furriel de
Santa Isabel, 69 anos!

O furriel miliciano António da Costa Fernandes, atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, festeja 69 anos a 19 de Janeiro de 2021.
Natural de Braga e Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isabel, também jornadeou pela vila do Quitexe e cidade de Carmona, antes de  regressar a Portugal e à sua Lomar natal, a 11 de Setembro de 1975.
Profissionalmente, fez carreira como professor e, agora já aposentado (concluiu em Monção), reside Braga, onde goza os prazeres da vida, os sabores da boa comida minhota e sabedoria de quem, após a jornada africana do norte de Angola, se dedicou ao ensino e à juventude. Para lá e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!



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