CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 10 de julho de 2019

4 749 - Comandante do Quitoque e Quimassabi; diferenças entre FNLA e MPLA!

Cavaleiros do Norte da CCS e da 3ª. CCAV. 8423, na messe de sargentos do Quitexe, todos furriéis mili-
cianos: Viegas, Carvalho, Bento, Flora. Capitão (falecido a 05/01/2010, de doença e em Ourém) e Rocha.
À frente, Ribeiro, Reino e Grenha Lopes. Sentado, o soldado Carlos Lajes, do bar de sargentos
Quitoque e Quimassabi, povos à
 saída do Quitexe para carmona
Tenente-coronel Carlos Almeida e Brito
  comandante do BCAV. 8423

O comandante Carlos Almeida e Brito, tenen-
te-coronel de Cavala-
ria, deslocou-se aos povos de Quitoque e Quimissabi no dia 10 de Julho de 1974, no âmbito do programa de «mentalização das populações» e, nomeadamente, explicando a missão das NT depois da revolução de 25 de Abril.
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 estavam na ZA do Quitexe desde 6 de Junho desse ano, tinham a responsabilidade operacional desde 14 seguinte e o comandante, e  seus oficiais, faziam diversas diligências de natureza psico-
lógica junto da comunidade civil, precisamente para «preparar e mentalizar as populações para o programa do MFA».
A deslocação ao Quitoque e Quimassabi, sanzalas (ou povos) na saída da vila do Quitexe - entre as fazendas Matos Vaz e Pumbaloge, na Estrada do Café, para a cidade de Carmona -, foram visitadas há 45 anos, depois de o tenente-coronel Almeida e Brito também já ter estado em Aldeia e Luege (no dia 6 anterior) e reunido, no Clube do Quitexe, com autoridades tradicionais e camionistas que trabalhavam na zona e que, como aqui já lembrámos, pretendia «obter uma maior liberdade de movimentos na chamada Estrada do Café» - a que liga(va) Carmona a Luanda.
Bem cara, já agora, ficou aos Cavaleiros do Norte a garantia desse segurança: noites e dias consecutivos de patrulhamentos e escoltas, num custo brutal de serviços e desgaste físico e psicológico - nas mais das vezes, de resto, muito incompreendido e severamente criticado.
Notícia do Diário de
Lisboa de 10/07/1974

MPLA e FNLA

com diferenças !

O tempo desse tempo de há 45 anos, pelo Julho de 1974..., dava conta de diferenças entre o MPLA e a FNLA, com o movimento de Agostinho Neto a afirmar que não negociava com o de Holden Roberto.
Lúcio Lara foi quem falou em nome do MPLA e precisou, nas suas declarações à imprensa do tempo, que «enquanto a FNLA não liber-
tar cerca de 20 militantes que «conserva» detidos em Kinshasa são impos-
síveis negociações conciliatórias entre os dois movimentos».
Os militantes do MPLA tinham sido detidos em Junho de 1973, em Kinshasa, quando, curiosamente, negociavam a conciliação dos dois movimentos.
O mesmo Lúcio Lara, na altura, informou, porém, que 3 oficiais do MPLA já tinham sido libertados pela FNLA.
Fernando Soares
1º. cabo da CCS

Soares, 1º. cabo da
CCS, faria 67 anos !

O 1º. cabo Fernando Manuel Soares, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423,  faria 67 anos a 10 de Julho de 2019, mas faleceu em Abril de 2018.
Especialista de Reconhecimento e Informação, foi irreverente e participativo companheiro da nossa jornada africana de Angola e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975. Fixou-se na Cova da Piedade, onde ao tempo já residia - no Laranjeiro e onde vários vezes o encon-
trámos, com ele confraternizando. Trabalhou na Lisnave, aposentou-se e en-
viuvou e, vítima de doença, faleceu em dia indeterminado de Abril de 2018. Hoje o recordamos com saudade!

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