O Diário de Lisboa de 21/05/1975 com imagens dos incidentes de Angola |
A 21 de Maio de 1975, há 46 anos, foi tempo de, por Angola, se saber de «uma impressionante sequência fotográfica» publicada pelo Diário de
Lisboa, mostrando «corpos de
vítimas dos últimos massacres de Luanda removidos da via pública, onde os postrou o tiroteio generalizado».
A qualidade da imagem do jornal (aqui reproduzida ao lado) não é, infelizmente, a melhor, mas dá para perceber a gravidade dos incidentes da capital de Angola.
«Na altura em que se avizinha a Cimeira entre os três movimentos de libertação, pesada de um contencioso cujo desfecho interessa sobremaneira aos próprios destinos da revolução portuguesa, imagem fica com uma severa advertência: o imperialismo não desarma», reportava o Diário de Lisboa.
Carmona e o Uíge, a esse tempo, continuavam marcadas pelos incidentes entre os movimentos emancipalistas, embora com as NT a «procurar incrementar as forças mistas e as suas actividades».
«É nesta realidade que decorre(u) o mês, havendo que considerar que foi o período em que, franca e verdadeiramente, se verificou a viragem das nossas possibilidades de manutenção de uma ordem que se deseja e que se impõe seja conseguida», relata o Livro da Unidade, referindo-se ao mês de Maio de 1975.
Carmona e o Uíge, a esse tempo, continuavam marcadas pelos incidentes entre os movimentos emancipalistas, embora com as NT a «procurar incrementar as forças mistas e as suas actividades».
«É nesta realidade que decorre(u) o mês, havendo que considerar que foi o período em que, franca e verdadeiramente, se verificou a viragem das nossas possibilidades de manutenção de uma ordem que se deseja e que se impõe seja conseguida», relata o Livro da Unidade, referindo-se ao mês de Maio de 1975.
Os furriéis Viegas e Neto no jardim do Quitexe e em 1974 |
Um conterrâneo
morto em Angola
Um ano antes, os Cavaleiros do Norte continuavam a contar dias do calendário, até ao 27 de Maio que era o previsto para a partida da CCS para Angola.
Uma má notícia se soube, nessa terça-feira de há 47 anos, tendo a ver com os furriéis Viegas e Francisco Neto: a morte, em combate, de um seu conterrâneo de Águeda, o 1º. cabo José Augusto Machado da Costa, natural da Trofa. Viúva, deixou Maria Madalena Pereira Martins e era filho de Manuel Joaquim da Costa e de Gracinda Cerqueira Machado - naturais e residentes nesta freguesia do concelho de Águeda.
Não o conhecíamos, nem sequer a família directa, mas estas dores eram de todos, estes lutos que se viviam eram dramas de muitas famílias e de muitos jovens que tinham crescido e galgado a sua infância e juventude com o estigma da guerra. E aí estava ela, na sua expressão mais dramática e trágica, mais cruel: a morte!!
Não o conhecíamos, nem sequer a família directa, mas estas dores eram de todos, estes lutos que se viviam eram dramas de muitas famílias e de muitos jovens que tinham crescido e galgado a sua infância e juventude com o estigma da guerra. E aí estava ela, na sua expressão mais dramática e trágica, mais cruel: a morte!!
Alberto Ferreira (que dia 23 faz 69 anos) e o 1º. cabo Rodolfo Tomás, Cavaleiros do Norte do Quitexe |
Ferreira do PELREC,
69 anos em Almada !
O Alberto dos Santos Ferreira foi soldado atirador de Cavalaria do PELREC da CCS do BCAV. 8423 e festeja 69 anos a 23 de Maio de 2021.
Atirador e não só, pois prestou excelentes serviços como quarteleiro do depósito de géneros, o que lhe valeu louvor do comandante António Oliveira. «Desempenhou as funções com muito acerto, honestidade e maior boa vontade, de forma que nas conferências mensais de armazém, nunca fora notadas quaisquer anomalias, pelo que se torna inteiramente merecedor da confiança nele depositada», sublinha o louvor, publicado na Ordem de Serviço nº. 163.
Regressou à Sobreda da Caparica, em Almada, e lá mora, já aposentado da área da construção civil. Parabéns!
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