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| Os furriéis milicianos José Monteiro e Viegas no quarto do Quitexe e a gravar cassetes para a namorada Fernanda (Nani) Monteiro. Repare-se na decoração das paredes |
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| Noticia do DL de 20/04/74 sobre a partida de Marcelo Caetano e Américo Tomás para o Brasil |
Há 47 anos, o dia da partida dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 para Angola estava cada vez mais próximo e, sendo domingo, gravei a 19 de Maio desse ano de 1974 e num (agora) velho rádio-gravador que ainda tenho (já inoperacional), o sim dos sinos da igreja da minha aldeia - aqui mesmo ao lado da casa onde resido (como então).
Gravei o sinais de chamamento para a missa, os toques intermédios de chamada e repenique de santos. Depois, o repenique do meio dia e as trindades da noite. Dias antes, tinha gravado os sinais de um funeral. Bem útil viria a ser ouvir estes toques de Igreja no tempo em que cumpri a jornada africana do Uíge angolano. No plano emocional e psicológico. Ouvi-los, de olhos fechados, deitado e de cabeça pousada sobre as mãos espaldadas, era como se estivesse aqui, em casa, na minha aldeia e a sentir os cheiros dos chãos da minha vida!
- «A cassete, os repeniques e os toques de finados». - Ver AQUI
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| O comunicado do Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, a 20/05/1974 |
mortos em Angola
O Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, em comunicado conhecido a 20 de Maio de 1974, dava nota de mais 3 militares mortos em Angola, em combate: o 1º. cabo José Augusto Castro Alexandre (natural da Sé Nova, em Coimbra, que deixou viúva Maria da Anunciação Dâmaso) e os soldados José Fernando Ferreira da Rocha, de Sobrado (Valongo), e Bento Ribeiro (de Guimarães).
O comunicado também dava conta da morte de um militar em Moçambique (o soldado José Amaral de Sousa Alves, natural da Ribeira Seca, em S. Miguel, ilha dos Açores) e de outro na Guiné (o furriel miliciano José Fernando Felizberto Pinheiro, de Lisboa).
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| Marcelo Caetano e Américo Tomaz |
Américo Tomaz e Marcelo Caetano
de partida para o Brasil
O dia de há 47 anos foi também, historicamente, o da partida dos já ex-Presidentes Américo Tomaz (da República) e Marcelo Caetano (do Conselho) para o exílio do Brasil.
Saíram do Funchal a bordo do navio «Pirata Azul», do armador José Maria Branco e com destino à ilha do Porto Santo, onde chegaram às 10,30 horas do mesmo dia e de onde partiram em voo directo para o Rio de Janeiro. Os seus familiares continuaram no Funchal, assim como César Moreira Baptista, que era o Secretário de Estado da Informação e do Turismo do Governo de Caetano.
O dia de há 47 anos foi também, historicamente, o da partida dos já ex-Presidentes Américo Tomaz (da República) e Marcelo Caetano (do Conselho) para o exílio do Brasil.
Saíram do Funchal a bordo do navio «Pirata Azul», do armador José Maria Branco e com destino à ilha do Porto Santo, onde chegaram às 10,30 horas do mesmo dia e de onde partiram em voo directo para o Rio de Janeiro. Os seus familiares continuaram no Funchal, assim como César Moreira Baptista, que era o Secretário de Estado da Informação e do Turismo do Governo de Caetano.
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