A Estrada do Café, na entrada da vila do Quitexe e do lado de Luanda. Imagem do dia 24 de Setembro de 2019, quando por lá passou o furriel Viegas, do PELREC da CCS. do BCAV. 8423 |
O alferes miliciano Carlos Silva oficial da 3ª. CCAV. 8423 |
Os alferes milicianos Jaime Ribeiro, Augusto Rodrigues e José Alberto Almeida |
Há 48 anos!
Os trabalhos decorriam quer na Estrada do Café, a que anda hoje liga a capital Luanda a Carmona (agora cidade do Uíge), entre Aldeia Viçosa e Ponte do Dange (a cargo dos Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423), quer do «arranjo da estrada Quitexe-Camabatela» (pela CCS e, essencialmente pelo PELREC e Pelotão de Sapadores).
A tarefa era aparentemente tranquila. Mas só aparentemente. Na verdade e mesmo num tempo em que a aproximação dos guerrilheiros dos movimentos de libertação era cada vez mais repetida, também não é mentira que, desconhecendo-se uns dos outros, sempre aí se achavam dúvidas, intrigas e medos.
Ordem de serviços com as rotações de 2 grupos dos Cavaleiros do Norte de Santa Isabel, de e para o Quitexe |
Rotação de Cavaleiros
de Santa Isabel !
Ao dia 2 desse mesmo mês de há 48 anos, na véspera e no norte uíjano de Angola, houve troca de pelotões da 3ª. CCAV., a da fazenda Santa Isabel, em «missão de serviço» na sede do BCAV. 8423.
Ao Quitexe, a vila-sede sede do Batalhão comandado pelo tenente-coronel Almeida e Brito, oficial de Cavalaria, chegou o grupo do alferes miliciano Carlos Almeida e Silva, que integrava os furriéis milicianos Alcides dos Santos da Fonseca Ricardo e António Luís Barradas Mendes Gordo, e partiu o do alferes Augusto Rodrigues, com os furriéis Graciano Correia da Silva e José Fernando da Costa Carvalho.
A rotação total da 3ª. CCAV. 8423, de Santa Isabel para o Quitexe, seria em Dezembro seguinte - completando-se no dia 10.
Ao Quitexe, a vila-sede sede do Batalhão comandado pelo tenente-coronel Almeida e Brito, oficial de Cavalaria, chegou o grupo do alferes miliciano Carlos Almeida e Silva, que integrava os furriéis milicianos Alcides dos Santos da Fonseca Ricardo e António Luís Barradas Mendes Gordo, e partiu o do alferes Augusto Rodrigues, com os furriéis Graciano Correia da Silva e José Fernando da Costa Carvalho.
A rotação total da 3ª. CCAV. 8423, de Santa Isabel para o Quitexe, seria em Dezembro seguinte - completando-se no dia 10.
Vésperas de independência
sem cessar-fogo!
A 3 de Novembro de 1975, um ano depois (há 47!!!...) e já com o Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 em Portugal, as notícias que chegavam de Angola não eram as melhores.
A independência de Angola estava marcada para o dia 11 e, quanto ao cessar fogo, não... havia!!! E o Governo Português fazia saber que não iria estar presente nas cerimónias comemorativas - embora se admitisse, ao tempo, que o Alto Comissário Leonel Cardoso «esteja em Luanda», segundo noticiavam as Agências Reuters, France Presse e ANOP, citadas pelo Diário de Lisboa.
O MPLA mantinha a sua intransigente posição de «não aceitar qualquer reconciliação» com a FNLA e a UNITA, que rotulava de «movimentos fantoches». O presidente Agostinho Neto reafirmou isso mesmo na 5ª.-feira anterior (30 de Outubro), em vésperas da Cimeira de Campala, convocada por Idi Amin (presidente da OUA e do Uganda).
Quanto à cimeira, foi reiniciada precisamente a 3 de Novembro de 1975 e confirmava-se o não cessar-fogo que chegou a ser anunciado para as 6 horas de 1 de Novembro. «A Luanda, chegam notícias de confrontações armadas nas três frentes, o que desmente a anunciada trégua em todo o território», noticiava o Diário de Lisboa.A OUA decidiu convocar uma reunião de emergência, «afim, de discutir o conflito angolano». Idi Amin propôs o envio de «uma força de paz africana», mas tal foi recusado pelos três movimentos.
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