A quinta-feira de 21 do mês de Novembro de 1974, uma quinta-feira, foi o dia em que «começou a processar-se» a rotação da 1ª. CCAV. 8423, de Zalala para Vista Alegre.
«O primeiro camião civil a sair, antes da Companhia, foi com toda a minha tralha, armamento, munições, ferramentas, panelas, etc., numa noite de tempestade. Penso que apenas eu ia armado, o motorista era civil e um soldado africano ia à boleia para Luanda, de férias, e que desertou com arma e tudo», recordou o 1º. cabo Carlos Alberto Ferreira (agora em Moçambique), que lá foi mecânico de armamento ligeiro e guarda do depósito de armamento.
«Ainda não tínhamos saído da fazenda e o camião enterrou-se, devido à chuva intensa. Pedimos ajuda via rádio, veio o furriel Dias, sempre ele, com macacos e pás, apenas o via a ele, no meio da lama e da escuridão, tendo após mais ou menos 2 horas desatolado o carro»,lembrou o Carlos Ferreira, acrescentando que «cheguei cerca das 3 horas da madrugada a Vista Alegra, sem saber onde descarregar o material».
Mais acidente menos incidente, estava em marcha o adeus definitivo das Forças Armadas Portuguesas à mítica Fazenda Zalala! «Ocupada» desde 1961!
«O primeiro camião civil a sair, antes da Companhia, foi com toda a minha tralha, armamento, munições, ferramentas, panelas, etc., numa noite de tempestade. Penso que apenas eu ia armado, o motorista era civil e um soldado africano ia à boleia para Luanda, de férias, e que desertou com arma e tudo», recordou o 1º. cabo Carlos Alberto Ferreira (agora em Moçambique), que lá foi mecânico de armamento ligeiro e guarda do depósito de armamento.
«Ainda não tínhamos saído da fazenda e o camião enterrou-se, devido à chuva intensa. Pedimos ajuda via rádio, veio o furriel Dias, sempre ele, com macacos e pás, apenas o via a ele, no meio da lama e da escuridão, tendo após mais ou menos 2 horas desatolado o carro»,lembrou o Carlos Ferreira, acrescentando que «cheguei cerca das 3 horas da madrugada a Vista Alegra, sem saber onde descarregar o material».
Mais acidente menos incidente, estava em marcha o adeus definitivo das Forças Armadas Portuguesas à mítica Fazenda Zalala! «Ocupada» desde 1961!
Os Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, estavam, há 47 anos, a preparar a sua rotação para Vista Alegre e Ponte do Dange - onde iriam ocupar as instalações onde desde 1 de Abril de 1973 se aquartelava a CCAÇ: 4145/72.
A 20 de Novembro de 1974, de lá saíra a CCAÇ. 4145/74, que lá chegara na véspera, e «tornando-se necessária a ocupação da Vista Alegre e Ponte do Dange, previamente teve início a rotação da 1ª. CCAV. para estes locais», como relata o livro «História da Unidade».
A CCAÇ. 4145/72 já tinha «guia de marcha» para Luanda e a rotação do dispositivo militar português implicava a «ocupação» daqueles dois pontos nevrálgicos da Estrada do Café, entre Luanda e Carmona. Nesse dia 21 de Novembro de 1974, a 4145/72 foi visitada pelo capitão José Paulo Falcão, que interinamente comandava o BCAV. 8423 - nas férias do comandante Almeida e Brito.
MPLA recusa fuzilamentos
e FNLA protege 19 populares!
O dia 21 de Novembro de 1974, pelas bandas de Luanda, foi tempo de o MPLA apresentar 6 homens, de mãos atadas atrás das costas - um deles acusado de assassínio. Outro teria extorquido dinheiro em nome do MPLA e os restantes de roubos - todos detidos pelas (suas)
Comissões de Vigilância dos musseques, onde se apresentavam co-
mo militantes do movimento de Agostinho Neto.
As ditas Comissões de Vigilância pediram o fuzilamento dos seis, mas Hermínio Escórcio, dirigente do MPLA, disse que iriam ser entregues às autoridades portuguesas. O que não aconteceu, porque com tal não concorda-
ram os mais de 2000 africanos que se concentraram junto à sede do MPLA - onde continuaram detidos os 6 homens.
A FNLA, por seu lado, denunciou que 19 populares do Bairro Residencial do Catambor, em Luanda, tinham sido obrigados a abandonar as suas casas, por elementos armados de um movimento rival, cujo nome não quis revelar.
Um comunicado militar português do tempo, entretanto, anunciou a morte de um africano e ferimentos em dois africanos e dois brancos, no decorrer de incidentes com armas de fogo nos dias anteriores.
A CCAÇ. 4145/72 já tinha «guia de marcha» para Luanda e a rotação do dispositivo militar português implicava a «ocupação» daqueles dois pontos nevrálgicos da Estrada do Café, entre Luanda e Carmona. Nesse dia 21 de Novembro de 1974, a 4145/72 foi visitada pelo capitão José Paulo Falcão, que interinamente comandava o BCAV. 8423 - nas férias do comandante Almeida e Brito.
O 1º. cabo Jorge Silva, da 1ª CCAV. 8423, em Vista Alegre e com um elemento da FNLA |
MPLA recusa fuzilamentos
e FNLA protege 19 populares!
O dia 21 de Novembro de 1974, pelas bandas de Luanda, foi tempo de o MPLA apresentar 6 homens, de mãos atadas atrás das costas - um deles acusado de assassínio. Outro teria extorquido dinheiro em nome do MPLA e os restantes de roubos - todos detidos pelas (suas)
Comissões de Vigilância dos musseques, onde se apresentavam co-
mo militantes do movimento de Agostinho Neto.
As ditas Comissões de Vigilância pediram o fuzilamento dos seis, mas Hermínio Escórcio, dirigente do MPLA, disse que iriam ser entregues às autoridades portuguesas. O que não aconteceu, porque com tal não concorda-
ram os mais de 2000 africanos que se concentraram junto à sede do MPLA - onde continuaram detidos os 6 homens.
A FNLA, por seu lado, denunciou que 19 populares do Bairro Residencial do Catambor, em Luanda, tinham sido obrigados a abandonar as suas casas, por elementos armados de um movimento rival, cujo nome não quis revelar.
Um comunicado militar português do tempo, entretanto, anunciou a morte de um africano e ferimentos em dois africanos e dois brancos, no decorrer de incidentes com armas de fogo nos dias anteriores.
Viegas, furriel do Quitexe,
70 anos em Águeda !
O furriel miliciano Viegas, do PELREC da CCS do BCAV. 8423, comemora 70 anos a 21 de Novembro de 2022. Hoje mesmo,
Cavaleiro do Norte do Quitexe e especialista de Operações Especiais (Rangers), concluiu este curso no Centro de Instrução de Operacionais (CIOE), em Lamego, e lá ficou como instrutor - tal qual o Monteiro e o Neto.
O trio, já mobilizado para Angola apresentou-se no RC4, em Santa Margarida e a 24 de Dezembro de 1973, véspera da Natal, de lá «arrancando» ao fim da tarde para os seus natais de família.
Jornadeou o trio pelo Quitexe e por Carmona e regressaram a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana por terras do Uíge angolano. O Viegas voltou à sua terra natal, a vila de Óis da Ribeira, na margem direita da pateira, sua terra natal do concelho de Águeda.
Trabalhou nas áreas administrativa, jornalística (o que já fazia antes do serviço militar) e bancária. Já aposentado, mora na mesma localidade e amanhã ficará ele com os parabéns em casa. É (sou) o editor deste blogue, que, desde 9 de Abril de 2009, diariamente faz memória da nossa jornada africana pelos chãos do Uíge.
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