Furriéis milicianos de Zalala: Eusébio, Queirós e Costa (de pé), Rodrigues, Louro, Barata e Dinis Dias- Eusébio, Barata e Dias já faleceram |
Cavaleiros do Norte de Zalala
para Vista Alegre e Ponte do Dange!
Os dias uíjanos de há 48 anos foram os de vésperas da saída dos Cavaleiros do Norte da mítica Fazenda de Zalala - os da 1ª. CCAV. 8423 -, para Vista Alegre e Ponte do Dange.
A rotação dos comandados do capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias decorreu no âmbito do plano de rotação do batalhão, que apontava para o abandono das posições não urbanas. Era o caso de Zalala, como viriam a ser as Fazendas Santa Isabel, Luísa Maria e Liberato.
Ao mesmo tempo, o ambiente luandino foi agravado com a prisão, precisamente a 17 de Novembro de 1974, de duas figuras conhecidas da sociedade angolana: os empresários Corte Real (gerente da Sorel) e Fernandes Vieira, ambos relevantes da economia angolana e «despachados» para Lisboa, às ordens de Rosa Coutinho, o Alto Comissário.
Eram acusados de «sabotagem económica, visando instalar o caos económico em Angola», como reportou o Diário de Lisboa.
Ao mesmo tempo, o ambiente luandino foi agravado com a prisão, precisamente a 17 de Novembro de 1974, de duas figuras conhecidas da sociedade angolana: os empresários Corte Real (gerente da Sorel) e Fernandes Vieira, ambos relevantes da economia angolana e «despachados» para Lisboa, às ordens de Rosa Coutinho, o Alto Comissário.
Eram acusados de «sabotagem económica, visando instalar o caos económico em Angola», como reportou o Diário de Lisboa.
Avenida do Quitexe, saída para Camabatela |
Um golpe de força e
agravamento da situação
A conferência de imprensa foi convocada de urgência, para o princípio da noite de faz hoje 48 anos, e Rosa Coutinho comentou que «isto tinha de ser feito e foi feito para evitar o agravamento da situação».
Os suspeitos iam ser interrogados em Lisboa e por Luanda especulava-se sobre uma tentativa de «um golpe de força ou simplesmente tactear a situação», da parte de forças que se identificavam com a FUA e o PCDA - que, e citamos o «Diário de Lisboa», «teria como objectivo preparar emocionalmente a opinião pública para um golpe de força».
Ao tempo, havia vários partidos angolanos. De memória e para além do PCDA e da FUA, recordo a FLEC (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, que operava militarmente pela independência daquele território), o MOPUA (Movimento Popular de Unidade Angolana), a UNA (Unidade Nacional de Angola) e a FRA (Frente de Resistência Angolana). Talvez outros!
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