CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

7 057 - Silêncios dos movimentos e êxodo dos colonos, murmúrios entre os Cavaleiros do Norte!


Cavaleiros do Norte de Zalala: NN, Campos, alferes Lains dos
Santos, furriel José Nascimento e Casimiro Martins (que
hoje faz 71 anos). Em baixo, NN e Ruizinho


Os dias de Janeiro de 1975 iam chegando ao fim e cada vez mais levedavam as expectativas dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, quanto ao futuro próximo de Angola. O que equivaleria ao que os «esperava» no resto da sua jornada africana do Uíge.
As várias guarnições do Batalhão de Cavalaria 8423 eram palcos de muitos murmúrios - e especulações... - sobre quem iria fazer parte do Governo de Transição, que era um dos grandes objectivos decorrentes do Acordo do Alvor e do processo de independência de Angola. 
O maior!
As poucas informações que chegavam à vila do Quitexe (sede do BCAV. 8423 e onde se aquartelavam a CCS e a 3ª. CCAV. 8423), a Aldeia Viçosa (localidade da 2ª. CCAV.) e a Vista Alegre e Ponte do Dange (1ª. CCAV., a que fora de Zalala) eram as veiculadas pela imprensa - fosse escrita, fosse falada (através da rádio, pois ainda por lá ainda não havia televisão...) e quase nada, ou nada mesmo adiantavam.
O «Diário de Lisboa»
de 24 de Janeiro de 1975

A futura Constituição
da Nação Angola!

A falar verdade e com rigor, confundiam, até, o mais prevenido e interessado ou politicamente esclarecido cidadão - fosse ele angolano ou fosse português, de qualquer cor ou credo religioso e/ou político, fosse civil ou militar, mais ou menos intelectual, ou social ou culturalmente evoluído.
«A vida política angolana centra-se, neste momento, nas tentativas de adivinhação no que respeita à futura constituição do Governo de Transição», lia-se no vespertino «Diário de Lisboa» desse dia.
A 24 de Janeiro desse ano, uma sexta-feira, da parte do MPLA «nada de oficial ou com carácter de segurança transpirou»
Vaal Neto, da FNLA, dava conta que os membros dos seu movimento «ainda não foram designados». Da UNITA, referia a imprensa do dia, «também nada se sabe».
Por falar em imprensa, o MPLA era alvo de «acusações veladas», que apontavam no sentido de que «manipularia alguns desses órgãos». Mas, referia o Diário de Lisboa, «a verdade é que pelo menos três desses órgãos de informação fazem essa acusação, o que demonstra a sua oposição ao MPLA».
Ao tempo, esse tipo de acusações era muito normal - de movimentos para movimentos. Nota do dia era também para «o êxodo dos colonos», que, referia a imprensa, «continua, embora a um ritmo menos acelerado». E para «a falta de cerveja e de refrigerantes e uma contínua alta de preços».
Cavaleiros de Zalala: furriel Nacimento,
alferes Sousa e soldado Gonçalves




Silêncios dos movimentos
e êxodo dos colonos

A falar verdade e com rigor, confundiam, até, o mais prevenido e interessado ou politicamente esclarecido cidadão - fosse ele angolano ou fosse português, de qualquer cor ou credo religioso e/ou político, fosse civil ou militar, mais ou menos intelectual, ou social ou culturalmente evoluído.
«A vida política angolana centra-se, neste momento, nas tentativas de adivinhação no que respeita à futura constituição do Governo de Transição», lia-se no vespertino Diário de Lisboa desse dia.
A 24 de Janeiro desse ano, uma sexta-feira,  da parte do MPLA «nada de oficial ou com carácter de segurança transpirou». Vaal Neto, da FNLA, dava conta que os membros dos seu movimento «ainda não foram designados». Da UNITA, referia a imprensa do dia, «também nada se sabe». 
Por falar em imprensa, o MPLA era alvo de «acusações veladas», que apontavam no sentido de que «manipularia alguns desses órgãos». Mas, referia o Diário de Lisboa, «a verdade é que pelo menos três desses órgãos de informação fazem essa acusação, o que demonstra a sua oposição ao MPLA»
Ao tempo, esse tipo de acusações era muito normal - de movimentos para movimentos. Nota do dia era também para «o êxodo dos colonos», que, referia a imprensa, «continua, embora a um ritmo menos acelerado». E para «a falta de cerveja e de refrigerantes e uma contínua alta de preços».
e doença. 
Almeida e Brito, já
tenente-coronel e
comandante do
BCAV. 8423

Almeida e Brito no Quitexe
como oficial de operações !


O comandante do BCAV. 8423 era o tenente-coronel Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito, que já não era «maçarico» no Quitexe, quando por lá comandou os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423
Oficial de Cavalaria de carreira e então com a patente de major, já por lá jornadeara em 1968, como responsável pelo sector de operações do BCAV. 1917, em regime de substituição.
A comissão desse tempo, e no Quitexe, terminou a 17 de Dezembro desse mesmo ano de 1968. Faleceu a 20 de Junho de 2003, inesperadamente e de morte súbita, no decorrer de uma viagem turística a Espanha. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

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