Uma das muitas paragens da histórica e epopeica coluna de Carmona para Luanda, há 48 anos! A saída do BCAV. 8423 envolveu centenas e centenas de civis e em mais de 700 viaturas - militares e civis! |
Notícia da imprensa de Luanda, a 6 de Agosto de 1975 e sobre a histórica coluna militar dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 |
Dondo, no município de Cambambe, da província angolana do Cuanza Norte, dia 6 de Agosto de 1975.
Há 48 anos!
A coluna dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 está pronta, às 7 horas da manhã, para a última etapa da épica rotação, desde Carmona e para Luanda.
Ainda faltam 174 quilómetros, até ao campo Militar do Grafanil - onde se irão juntar à CCS e 1ª. CCAV. 8423, no BIA.
A BBC, de Londres, viajou para Angola e, integrada na cobertura aérea da parte final da coluna, fez seguir uma equipa de reportagem - para acompanhar esta última etapa da época viagem. Às 10,20 horas, a coluna seguia em estrada de asfalto e foi sobrevoada por um helicóptero (com a BBC a bordo) e dois Fiat´s - caças bombardeiros da Força Aérea Portuguesa.
Passou-se Catete, a terra de Agostinho Neto, por volta das 11 horas e ao meio dia «começaram a chegar ao Grafanil», onde, ansiosos, os esperavam os companheiros que, três dias antes, tinhma viajado de avião. O tempo de escoamento foi de 45 minutos.
«Terminou assim, às 12,45 horas, o movimento do BCAV. 8423 de Carmona para Luanda, nos 570 quilómetros de itinerário e no tempo de 58,45 horas, trazendo cerca de 700 a 800 viaturas», relata o livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423.
O mesmo livro sublinha que «terminou, assim, a odisseia de milhares de civis que, à chegada a Luanda» e acrescenta que esta «teria sido a missão mais difícil do BCAV., mas também aquela em que bem demonstrou o seu «querer e saber querer», conduzindo uma operação que forçosamente terá de ser um pilar bem marcante da sua história».
A BBC, de Londres, viajou para Angola e, integrada na cobertura aérea da parte final da coluna, fez seguir uma equipa de reportagem - para acompanhar esta última etapa da época viagem. Às 10,20 horas, a coluna seguia em estrada de asfalto e foi sobrevoada por um helicóptero (com a BBC a bordo) e dois Fiat´s - caças bombardeiros da Força Aérea Portuguesa.
Passou-se Catete, a terra de Agostinho Neto, por volta das 11 horas e ao meio dia «começaram a chegar ao Grafanil», onde, ansiosos, os esperavam os companheiros que, três dias antes, tinhma viajado de avião. O tempo de escoamento foi de 45 minutos.
«Terminou assim, às 12,45 horas, o movimento do BCAV. 8423 de Carmona para Luanda, nos 570 quilómetros de itinerário e no tempo de 58,45 horas, trazendo cerca de 700 a 800 viaturas», relata o livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423.
O mesmo livro sublinha que «terminou, assim, a odisseia de milhares de civis que, à chegada a Luanda» e acrescenta que esta «teria sido a missão mais difícil do BCAV., mas também aquela em que bem demonstrou o seu «querer e saber querer», conduzindo uma operação que forçosamente terá de ser um pilar bem marcante da sua história».
A mais difícil, com toda a certeza!
Coluna de 1 500 veículos
e dezenas de mortos ao
longo das estradas !
A imprensa luandina do dia seguinte (7 de Agosto de 1975, ver a imagem) refere que «chegou do Uíge uma coluna de civis e militares» de Carmona e do Negage.
«A coluna compreendia cerca de 1500 veículos, muitos dos quais de carga, com mobílias, electrodomésticos e outros bens, pertencentes aos europeus residentes naquelas zonas e que, pelos vistos, tencionam abandonar o país, em virtude do que ali está a acontecer e da retirada tropa portuguesa», reportava o jornal - supomos que o «A Província de Angola», na altura já «Jornal de Angola».
«Muitas destas pessoas», ainda segundo o mesmo jornal, «nasceram naquelas terras ou lá viviam há muito tempo». e dezenas de mortos ao
longo das estradas !
A imprensa luandina do dia seguinte (7 de Agosto de 1975, ver a imagem) refere que «chegou do Uíge uma coluna de civis e militares» de Carmona e do Negage.
«A coluna compreendia cerca de 1500 veículos, muitos dos quais de carga, com mobílias, electrodomésticos e outros bens, pertencentes aos europeus residentes naquelas zonas e que, pelos vistos, tencionam abandonar o país, em virtude do que ali está a acontecer e da retirada tropa portuguesa», reportava o jornal - supomos que o «A Província de Angola», na altura já «Jornal de Angola».
«Disseram que devem ser raros os europeus que lá ficaram, apesar de Daniel Chipenda ter estado o Negage a tentar demovê-los de partirem», referia o jornal da capital angolana.
O «Diário de Lisboa», por seu lado e citando alguns civis da coluna, dava conta de «grandes recontros ao longo da estrada que de Luanda e Malanje se dirige a Negage a Carmona, principais centros militares da FNLA».
O jornal português, de resto, anotava «dezenas de mortos caídos ao longo das estradas» e adiantava que «existem fortes suspeitas de que a FNLA teria introduzido aviões e helicópteros no Negage, antiga base aérea portuguesa».
O «Diário de Lisboa», por seu lado e citando alguns civis da coluna, dava conta de «grandes recontros ao longo da estrada que de Luanda e Malanje se dirige a Negage a Carmona, principais centros militares da FNLA».
O jornal português, de resto, anotava «dezenas de mortos caídos ao longo das estradas» e adiantava que «existem fortes suspeitas de que a FNLA teria introduzido aviões e helicópteros no Negage, antiga base aérea portuguesa».
Ao tempo, continuava o «Diário de Lisboa», existiam «fortes suspeitas de qu a FLA tera introduzido aviões e helicópteros no Negage» - que tinha sido uma base erea portuguesa e ond eos Cavaleiros do Norte passaram no dia 4 imediatamente anterior.
Craveiro de Luísa Maria
faleceu há 4 anos !
O encarregado de Fazenda Luísa Maria era José Lopes Craveiro, que lá anfitrionou os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. Faleceu a 6 de Agosto de 2019 e aos 91 anos.
José Craveiro |
Craveiro de Luísa Maria
faleceu há 4 anos !
O encarregado de Fazenda Luísa Maria era José Lopes Craveiro, que lá anfitrionou os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. Faleceu a 6 de Agosto de 2019 e aos 91 anos.
A fazenda ficava a uns 40 quilómetros do Quitexe e foi chão de destacamentos das Forças Armadas Portuguesas durante vários anos. Os primeirtos Cavaeiros do Norte foram os do grupo de combate do alferes miliciano João Machado da 2ª. CCAV. 8423, que lá se instalaram a 10 de Junho de 1974.
Natural de Maçãs de D. Maria, no concelho de Alvaiázere, a sua jornada africana do Uíge angolano foi passada a livro pelo seu filho Carlos, numa obra intitulada «Cartas de chamada de um regresso anunciado», apresentada a 28 de Junho de 2015 e em sessão na qual participou o blogue «Cavaleiros do Norte / BCAV. 8423».
José Lopes Craveiro foi, lá por terras do norte de Angola e pela uíjana Fazenda Luísa Maria, sempre fidalgo e hospitaleiro anfitrião dos jovens combatentes. Hoje o recordamos com saudade, dele fazendo memória RIP!!
José Lopes Craveiro foi, lá por terras do norte de Angola e pela uíjana Fazenda Luísa Maria, sempre fidalgo e hospitaleiro anfitrião dos jovens combatentes. Hoje o recordamos com saudade, dele fazendo memória RIP!!
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