CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 26 de agosto de 2023

7 274 - A rede estradal da ZA do BCAV 8423! Uma vala comum cheia de cadáveres em Luanda!

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. Reconhecem-se, em baixo, os furriéis milicianos
Amorim Martins (o quarto a contar da esquerda) e Abel Mourato (o segundo, da direita). De pé, o terceiro
da direita é o condutor Aniano Tomás. Alguém ajuda a identificar os restantes companheiros da
jornada africana do Uíge angolano?!

Militares da CCAÇ. 209, do RI/21 e última guarnição da 
Fazenda do Liberato. Aqui, na picada que hava acesso ao
Quitexe e há 49 anos começou a ser requlLificada


O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito deslocou-se a Carmona o dia 26 de Agosto de 1974, há 49 anos, onde uma vez mais participou na reunião do Comando do Sector do Uíge (CSU).
O objectivo do então oficial de Cavalaria e comandante dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 foi «estabelecer contactos operacionais» com os comandantes das outras unidades que operavam na zona, como, de resto, já acontecera nos dias anteriores 12, 14, 20 e 24 de Junho e 14, 17 e 31 de Julho, também a 5 de Julho em Sanza Pombo - onde se aquartelava a CCS do BCAV. 8324. Não confundir com o BCAV. 8423.
O capitão Victor Correia com a
esposa e o furriel José Oliveira
O dia de há 49 anos foi também data do início do «arranjo da picada do Liberato», no âmbito do plano de requalificação dos vários itinerários da rede estradal da ZA do BCAV. 8423 e que eram executados pela Junta Autónoma de Estradas de Angola (JAEA), com «protecção de escoltas militares», neste caso por Grupos de Combate dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
A Fazenda do Liberato era onde se aquartelava a CCAÇ. 209/RI 21, do capitão miliciano Victor Correia e que de lá saiu, em final de comissão, a 8 de Novembro de 1974, rodando para a unidade mobilizadora, em Nova Lisboa (agora Huambo).
Quado por lá passámos, foi.nos dito, e, Adeia Viçosa, que a picada para a Fazenda doibertao estava intrasitável. Que mais valia não arriscarmos fazer a viagem. E não fomos.
A 24, como se pode ler no livro «História da Unidade», tinham acabado os da picada para a Fazenda de Zalala e «continuavam em curso os da Estrada do Café, entre Vista Alegre e Ponte do Dange».
Notícia do Diário de Lisboa
de 26 de Agosto de 1975

Uma vala comum 
cheia de cadáveres !

Um ano depois, e continuando sem nada se saber do «nosso» Uíge, a informação da actualidade angolana que chegava ao Grafanil era de Sá da Bandeira onde, segundo o «Diário de Lisboa», este «importante centro cafeeiro e ferroviário» estava desde a véspera «em poder de unidades do movimento liderado pelo dr. Agostinho Neto» - o MPLA.
«As forças da FNLA e da UNITA capitularam e comprometeram-se a abandonar a cidade nas próximas 24 horas e toda a província de Huíla nas próximas 48», reportava o «Diário de Lisboa» de há 48 anos.
Os Cavaleiros do Norte continuavam no Grafanil, nos arredores de Luanda, onde a Polícia Judiciária «autorizou alguns jornalistas a visitar o forte de S. Pedro da Barra, evacuado recentemente por soldados da FNLA» e onde «puderam verificar horrores que atingem os limites do suportável».
A 3 quilómetros do forte e junto a uma falésia sobre o mar, reportava o «Diário de Lisboa» que «os jornalistas descobriram uma vala comum cheia de cadáveres em adiantado estado de decomposição e juncada de despojos humanos».
«Outros corpos empilhados em diversas valas não puderam ainda ser exuma-
dos, visto a FNLA ter minado o terreno», concluía o jornal vespertino de Lisboa, citando a Agência France Press.

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