CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

7 272 - Cimeira MPLA/UNITA sem efeito! Comandante do BAV. 8423 na Fazenda Rio Duízio!


Cavaleiros do Norte na parada do Quitexe. Atrás e de pé, 1ºs. cabos José Gomes (enfermeiro) e Jorge Silva
 (da 1ª. CCAV.) e António Couto Soares, que hoje festeja 71 anos na Póvoa do Lanhoso). Sentados: Humberto
 Zambujo, 1º. cabo Jorge Salgueiro (?) e José Costa. À frente: 1º. cabo José Mendes (TRMS), NN (sapador?),
Joaquim Moreira e 1ºs. cabos Alfredo Coelho (Buraquinho, de calções) e Luís Oliveira (TRMS) 
Notícia do Diário de Lisboa de há 45 anos, sobre
o «não» do MPLA aos partidos pós-25 de Abril
Jonas Savimbi (UNITA
e Agostinho Neto (MPLA)


O dia 24 de Agosto de 1975, por terras de Angola, foi tempo de se saber que continuavam diligências no sentido de concretizar a cimeira entre o MPLA de Agostinho Neto e a UNITA de Jonas Savimbi, que esteve marcada para o dia 21, dias antes, mas não se realizou.
O encontro deveria ter-se concretizado na Base Aérea nº. 9, em Luanda, mas os responsáveis da UNITA alegaram que «não tinham protecção». O cancelamento, porém, não significava, do ponto do vista do «Diário de Lisboa» desse dia, que citamos, «o fim dos contactos entre os dois movimentos»Círculos próximos do Governo davam conta que «poderá ocorrer dentro de alguns dias, num outro local de Angola, ou até mesmo em Lisboa».
A cidade de Nova Lisboa, a actual Huambo e capital da província do mesmo nome, era, ao mesmo tempo, cenário de «confrontos armados, conduzidos especialmente por elementos da Facção Chipenda», cuja situação, de acordo com o DL, «parece cada vez mais indefinida».
Os confrontos armados aconteciam numa altura em que a cidade tinha cada vez mais refugiados. Falava-se de 70 000 pessoas, 40 000 de origem europeia e 30 000 africanos, que exigiam embarcar para Portugal. E aumentava o número de refugiados, principalmente a partir de Sá da Bandeira. Esti-
mava-se que tal número chegasse aos 170 000, enquanto as evacuações para Lisboa não passava das 4 000 por semana. 
A cidade huambana, entretanto, era palco de perseguições ao MPLA, que «atingiam grande violência». De resto, tropas e muitos militantes deste movimento, perseguidos e ameaçados, «refugiaram-se nos quartéis portugueses». Aguardava-se «um contacto MPLA/UNITA para  estabelecer a sua retirada da cidade e a troca de prisioneiros».
Alferes milicianos Jaime Ribeiro, Augusto
Rodrigues e José Alberto Almeida

Comandante na Rio Duízo
e divisões no MPLA!


O comandante Carlos Almeida e Brito deslocou-se à Fazenda Rio Duízo, no âmbito dos seus habituais contactos operacionais e sociais e no dia 24 de Agosto de 1974.
Tenente-coronel de Cavalaria, o líder dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 fez-se acompanhar, neste sábado de há 45 anos, por oficiais da CCS e autoridades civis e religiosas do Quitexe e repetia uma anterior visita, a de 14 de Julho.
O ia foi também tempo de se saber que o MPLA não aceitava «organizações políticas criadas à pressa, sob o clima do 25 de Abril», o reportava o jornal «A Província de Angola», depois de entrevistar Agostinho Neto em Lusaka. 
«São instrumentos de uma política à qual o MPLA se opõe irreversivelmente», notava o DL, também notando «as profundas divergências de opinião que dividem os líderes do partido», nomeadamente protagonizadas pelo presidente Agostinho Neto e Daniel Chipenda
Couto Soares

Couto Soares, TRMS da CCS,
71anos na Póvoa do Lanhoso!


O soldado António do Couto Soares, da CCS do BCAV. 8423, festeja 71 anos a 24 de Agosto de 2019.
Especialista de transmissões, do grupo do alferes miliciano José Leonel Hermida, este Cavaleiro do Norte do Quitexe, e depois de Carmona (no BC12), regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se na sua terra natal - o lugar e freguesia de Brunhais, no município de Póvoa do Lanhoso. De lá, emigrou para a Suíça, onde fez vida profissional, e,agora já aposentado, divide o seu tempo entre os dois países. 
Os nossos parabéns, para onde quer que hoje esteja!

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