O António não era de muitas falas, mas de estar sempre presente. De não falhar um serviço, na atenção e nos cuidados de uma progressão na mata, no olhar atento de uma escolta ou na vigia de um reforço. Ganhou a vida como motorista de longo curso e reformou-se a 1 de Março deste ano. Há poucos dias!!!
Disse-me ele, ao telefone, que «foi mesmo a tempo» e não imaginaria (nem eu) que a governança do país se preparava para tramar a vida e a reforma a gente com mais de 40 anos de contribuições. É o meu caso e o de muitos milhares de portugueses, que não têm culpa nenhuma das asneiras do Estado e as pagam com o que tem e não tem.
O António, de quem me lembro bem a humildade e o respeito, o zelo e a determinação, sem recuos e sempre frontal no enfrentar dos problemas, fez (comigo) dezenas de serviços e foi um dos PM´s de Carmona. Ocorre-me quando, com ele, numa casa perto do Cine Moreno, fomos confrontados com um assalto, em plena luz do dia e, armados para o que desse e viesse, tivemos de intervir em defesa de civis desacautelados e de casa roubada.
Não teve dúvidas, o António, em pôr a mão ao assaltante que lhe fez frente e encostá-lo às boxes. Isto é: amarrá-lo ao unimog, para o levarmos preso para o BC12. Só depois reflectimos sobre o risco que corremos, mas o António (e os outros Cavaleiros do Norte) não hesitava(m) quando era para defender gente indefesa. Eram os desafios do tempo, que todos assumimos de corpo inteiro e alma despegada de interesse. Que o interesse maior era honrar a farda e a bandeira de Portugal, nos dias que se faziam vésperas de ser arreada do solo angolano.
O desafio, hoje, é outro e bem mais fácil: quem é esta malta da foto? São quase todos do PELREC. Dou a ajuda que a memória permite: em cima, da esquerda para a direita, Silvestre (?), Messejana, Marcos, António, Soares, NN, Vicente (de bigode, garrafa na mão e peito aberto), Florêncio Francisco e Almeida. Em baixo, quem será o da camisola branca e os dois de bigode ao lado? Parecem-me ser sapadores. Depois, o Madaleno (de caneca a despejar no copo do Neto, este e o Aurélio (Barbeiro).
Quem ajuda a identificar estes bravos Cavaleiros do Norte? Como reparam, estão todos a matar a sede!
ANTÓNIO. Francisco Fernando Maria António, soldado atirador de Cavalaria, do Pelotão de Reconhecimento, Serviço e Informação (PELREC) da CCS do BCAV. 8423. Motorista aposentado, residente em Abrançalhas (Abrantes).
Disse-me ele, ao telefone, que «foi mesmo a tempo» e não imaginaria (nem eu) que a governança do país se preparava para tramar a vida e a reforma a gente com mais de 40 anos de contribuições. É o meu caso e o de muitos milhares de portugueses, que não têm culpa nenhuma das asneiras do Estado e as pagam com o que tem e não tem.
O António, de quem me lembro bem a humildade e o respeito, o zelo e a determinação, sem recuos e sempre frontal no enfrentar dos problemas, fez (comigo) dezenas de serviços e foi um dos PM´s de Carmona. Ocorre-me quando, com ele, numa casa perto do Cine Moreno, fomos confrontados com um assalto, em plena luz do dia e, armados para o que desse e viesse, tivemos de intervir em defesa de civis desacautelados e de casa roubada.
Não teve dúvidas, o António, em pôr a mão ao assaltante que lhe fez frente e encostá-lo às boxes. Isto é: amarrá-lo ao unimog, para o levarmos preso para o BC12. Só depois reflectimos sobre o risco que corremos, mas o António (e os outros Cavaleiros do Norte) não hesitava(m) quando era para defender gente indefesa. Eram os desafios do tempo, que todos assumimos de corpo inteiro e alma despegada de interesse. Que o interesse maior era honrar a farda e a bandeira de Portugal, nos dias que se faziam vésperas de ser arreada do solo angolano.
O desafio, hoje, é outro e bem mais fácil: quem é esta malta da foto? São quase todos do PELREC. Dou a ajuda que a memória permite: em cima, da esquerda para a direita, Silvestre (?), Messejana, Marcos, António, Soares, NN, Vicente (de bigode, garrafa na mão e peito aberto), Florêncio Francisco e Almeida. Em baixo, quem será o da camisola branca e os dois de bigode ao lado? Parecem-me ser sapadores. Depois, o Madaleno (de caneca a despejar no copo do Neto, este e o Aurélio (Barbeiro).
Quem ajuda a identificar estes bravos Cavaleiros do Norte? Como reparam, estão todos a matar a sede!
ANTÓNIO. Francisco Fernando Maria António, soldado atirador de Cavalaria, do Pelotão de Reconhecimento, Serviço e Informação (PELREC) da CCS do BCAV. 8423. Motorista aposentado, residente em Abrançalhas (Abrantes).
Estavam todos tão bêbados.
ResponderEliminarNão parece mas eu sei que estavam.
Sei lá digo eu.
Ni Neto
Ni Neto:
ResponderEliminarOs Cavaleiros do Norte bebem como qualquer mortal. Água inquinada com comprimidos ou pastilhas para a purificar, se os não tiveram beberam na mesma, daí muitas doenças, que carregam no seu corpo ou esqueleto que lhes sobra desta guerra colonial. Nada de anormal quando puderam beber alguns copos de vinho ou cerveja, a bebedeira nunca está ou esteve no álcool está isso si na mente de cada um, as recordações, as saudades, a amizade, a visão dum Camarada que já se foi e o sofrimento de cada um isso é que é uma bebedeira, de todos os Veteranos de Guerra, porque sofreram muito e agora sofrem mais com as recordações e a falta de apoio. Desculpa o comentário, mas por quem lá passou sabe o que sofre.
Américo Rodrigues
Estavam era bem dispostos!
ResponderEliminarMuito bem dispostos.
E o Neto mortinho por vir de férias,
mas teve de esperar que eu voltasse.
CV
Aí Sargentão e mais não digo, que a
ResponderEliminarcarta ja vai longa!
ManPinto