Rua do Quitexe, em 1974. Foto tirada do posto de vigia da estrada do café
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RODOLFO TOMÁS
Texto
A foto foi tiradas num posto de vigia à entrada do Quitexe e a primeira casa à direita, com quintal e ramada, era a residência do alferes Almeida. Neste posto aconteceu o que se pode considerar uma epidemia, uma praga!, o que lhe quiserem chamar, mas passo a explicar.
Uma bela manhã, no fim de uma noite de reforço neste posto, saí e comecei a sentir uma pequena comichão no pescoço. Grande sarilho na formatura, pois não conseguia ter a cabeça direita e o tenente Mora, que estava em todas, ficou em alvoroço.
"Ó nosso cabo, ponha-se direito", disse ele.
Mas qual quê, era impossível. Eu bem me escondia na ultima fila, mas os olhos militares do tenente Mora lá estavam firmes e à minha procura. Passadas três semanas, estava eu a ficar bom, graças ao enfermeiro Florindo - com aquelas mãos levezinhas (!)...-, começaram a surgir vários companheiros, que tinham sido ferrados também no pescoço.
Conclusão: alí havia
vampiro à solta.
O capitão Oliveira, comandante da CCS, por via disso, mandou finalmente chamar, quem?
O capitão Oliveira, comandante da CCS, por via disso, mandou finalmente chamar, quem?
O Buraquinho, analista
de águas. Coitado!!!... Não sei quantos dias andou com a máquina de
sulfatar
às costas para
desinfestar todos os postos de vigia. Até parecia castigo, mas não
foi.
RODOLFO TOMÁS
RODOLFO TOMÁS
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