Aquartelamento do BC12, em Carmona, na estrada para
o Songo). Porta d´armas e edifício do comando
(a vermelho), cozinha e refeitório (amarelo).
Era, por outro lado, necessário dar escoamento a produtos e garantir reabastecimentos - o que era assegurado pela enorme frota de camiões civis, muitas vezes atacados na chamada estrada do café, que liga(va) Carmona a Luanda. E em outras, do enorme Uíje do café e de muitos outros produtos - a madeira, a mandioca, o dendém, o amendoim, a batata doce, feijão, sisal, cacau..., que eram garante da economia local.
A actividade operacional dos Cavaleiros do Norte estava, até aí, digamos que «muito circunscrita aos centros urbanos» e, lê-se no Livro da Unidade, «à FNLA outra coisa não interessa». Mas «estava-se conseguindo uma situação de calma, fictícia é certo, mas que permite manter-se um dia-a-dia mais ou menos estável, quebrado por um outro incidentes». E isso era o mais importante, muito se devendo à eficácia operacional dos Cavaleiros do Norte, à generosidade com que os seus militares se deram à causa e ao sentido de estado dos mais altos comandos.
A cidade, apesar desses incidentes, continuava a laborar, dia e noite - esta cheia de diversão, dos cinemas aos bares e restaurantes, cafés e casas nocturnas, com muita vida social e policiamento militar, para evitar «choques».
A comunidade «cavaleira do norte» adaptava-se ao bulício urbano, às coisas novas que lhe apareciam olhos adiante e fazia ouvidos de mercador a algumas (bastantes) bocas que lhe feriam o brio e a honra.
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