Barata, Lains dos Santos e Rodrigues em Zalala (1974)
Hoje, quando já se faz noite e faço horas para o jantar, dedilho o computador de um 11º. andar de Bruxelas, onde a vida me trouxe por uns dias, ao Parlamento Europeu.
Aqui «achei» alguns portugueses, muito engravatados e algo solenes, com ar de muito atarefados e fazendo não sei bem o quê. Quero dizer, fazem política (ouvi dizer), uns; e assessoram, outros. E nada do que vejo é muito diferente desde a vez que a primeira vez que cá estive (já em 1997), nem das três que se seguiram - antes deste outono de 2012.
Os «milagres» tecnológicos permitem-me, deste quarto de onde pouco se vê pela cidade, de noite enevoada e fria, permitem-me chegar ao escritório de casa e à minha agenda dos Cavaleiro do Norte. E o que leio? Que amanhã, dia 11 de Outubro de 2012, 15 anos se passam da morte, inesperada e por isso mais cruel e injusta, de um companheiro de Zalala: o (furriel) Barata.
Era o Barata de Alcains e de lá saiu para Santarém, onde fez recruta e especialidade na Escola Prática de Cavalaria. Saí eu de lá, depois da recruta, para Lamego e só nos voltámos a encontrar em Santa Margarida, onde se formou o BCAV. 8423.
A Alcains voltou o Barata, depois da jornada angolana. Por lá continuou a vida, a trabalhar, constituindo família e a jogar futebol, pelo Desportivo de Castelo Branco e pelo clube da terra.
A 10 de Outubro de 1997, hoje se passam 15 anos, passou normal o seu dia, era contabilista em Penamacor, e faleceu vítima de um enfarte do miocárdio. Na véspera, ainda treinou futebol, jantou, sentiu-se mal, foi levado de ambulância ao hospital mas faleceu no dia seguinte, às 7 horas da manhã.
Deixou viúva, um filho e uma filha.
Até um destes dias, Barata!
BARATA. Jorge António Eanes Barata, furriel miliciano atirador de cavalaria, da 1ª. CCAV. 8423. Natural de Alcains.
Grande Camarada BARATA, onde quer que estejas,a tua amizade está comigo.
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ResponderEliminarUm dias desses camarada Barata, voltaremos a nos encontrar.
ManPinto