Imagem dos incidentes de Carmona, em Junho de 1975 (de AA Cruz). Opuseram militares
da FNLA e do MPLA. Em baixo, notícia do Diário de Lisboa, de 2 de Junho de 1975
Os incidentes de Carmona, começados na madrugada de 1 de Junho de 1975, há 39 anos, já por aqui foram relatados. por vária gente e de modos diversos. Recuperei, agora, uma notícia do Diário de Lisboa, publicada a 2 de Junho desse ano: «Graves incidentes estalaram ontem em Carmona, entre tropas do MPLA e da FNLA, obrigando a intervenção, até agora sem êxito, de uma equipa militar mista, composta por forças integradas, dos três movimentos de libertação».
Curiosamente, ou talvez não, não tenho memória de as nossas intervenções (neste conflito) serem acompanhados por elementos dos movimentos.
Acrescenta o DL, em despacho do enviado especial a Luanda, que «a insuficiência desta equipa e o recrudescimento das confrontações armadas determinou uma ordem de marcha, emitida este amanhã, para que segunda força militar integrada siga para Carmona e domine a situação».
Se a ordem foi dada, não duvidamos, não terá sido cumprida. Não me lembro (nem ninguém a quem agora perguntei) que qualquer reforço tenha chegado a Carmona. «Mais uma vez, as NT procuraram minimizar o conflito, procurando o seu términus rápido e diligenciando por limitar os seus efeitos», refere, por seu lado, o Livro da Unidade - que em lado nenhum cita quaisquer reforços.
Reforços? Talvez um ou outro oficiais do MFA tenha(m) dado uma saltada a Carmona, de avião, e não terá(ão) levado recados simpáticos do comandante Almeida e Brito. Reforços, só me lembro de em Agosto terem aparecido, para a evacuação para Luanda.
Alguém pode ajudar a esclarecer isto?
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