CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 24 de junho de 2014

2 072 - MPLA confirma guerra até o povo ter o poder...

O Novo e o Deus, junto da avioneta que evacuou, do 
Quitexe para Luanda, os militantes, feridos, da FNLA e MPLA 

Os incidentes ocorridos no mês de Junho de 1975, pelo Uíge, também se registaram no Quitexe, onde se aquartelava a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel. Que só de lá saiu a 8 de Julho, para Carmona.
O Manuel Deus, AQUI e também AQUI, dá conta do caso de um combatente do MPLA que foi socorrido pelas NT, depois de ter o tórax literalmente furado por um da FNLA. Curiosamente, foram ambos, feridos, evacuados na mesma avioneta (a da foto) para Luanda. E dá conta, também, de outros casos de «ferro e  fogo», na vila-mártir de 1961 - o nosso saudoso Quitexe!
Há 39 anos, nas oitavas dos incidentes carmonianos, Angola (e principalmente Luanda) continuava a verter sangue de irmãos contra irmãos. A Emissora Católica de Angola (ECA), ao dia 18, divulgara uma notícia, segundo a qual o MPLA teria decidido abandonar a luta armada e prosseguir na legalidade a luta pela independência de Angola. Mas, a 22 de Junho, um sábado, foi o próprio presidente Agostinho Neto quem desmentiu tal propósito, frisando que a luta só cessaria quando os dirigentes do MPLA estivessem plenamente convencidos de que Portugal decidiu entregar o poder ao povo angolano.
Disse mais, Agostinho Neto, sobre a notícia da Emissora Católica de Angola: que «foi difundida para semear a confusão nas fileiras do MPLA».
Agora imagine-se, o director da ECA, declarou na véspera (dia 21), que lançara a notícia para sondara reacção do MPLA. Mas Agostinho Neto garantia que não abandonaria a luta armada e até deu nota que «ultimamente, registamos êxitos na zona de Cabinda e travamos combates importantes no sector oriental do nosso país».
A situação militar no território, segundo Agostinho Neto, que cito do Diário de Lisboa de 22 de Junho de 1975, «é extremamente favorável aos guerrilheiros». De resto, frisou, «os combates estão a intensificar-se no sector oriental de Angola e no Enclave de Cabinda».

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