Um grupo de Cavaleiros do Norte: Bento, Rocha, Viegas, Flora, Verdelho Lopes (enfermeiro),
Capitão (já falecido) e Flora (sentados) e Carvalho, Belo, Grenha Lopes e Reino (sentados), todos furriéis
O mês de Junho de 1975, pelo Uíge e depois dos dramáticos primeiros dias, de que fomos testemunhas e personagens ao vivos, acalmaram, com a expulsão do MPLA, mas, após isso, e leio o Livro da Unidade, «no seu restante, decorreu sob forte tensão emocional».
A acalmia de que falámos, no chão uíjano, era quebrada (e é oportuno refrescar a memória no Livro da Unidade) por «alguns atritos que voltaram a dar-se» e, não menos importante, porque se viveram «momentos de carências logística, que são reflexo do estado de latente conflito, que continua e dá azo a um desabar de esperanças que se possa ver em bom e belo panorama o dia de amanhã».
Por estes dias e semanas adiante, eram feitos patrulhamentos mistos na cidade, nem sempre pacíficos, por mor das diferenças entre militares angolanos (que integravam as patrulhas) e da comunidade europeia, para com as NT. Não rareavam os insultos à tropa.
A criação do exército nacional era a questão chave para a solução de Angola, como concluíram MPLA, FNLA e UNITA, na Cimeira de Nakuru, no Quénia. E, afinal seria de 30 000 e não 24 000 homens, como ainda ontem aqui se falou. Seriam aquartelados para treinos comuns e das suas fardas desapareceriam quaisquer distintivos dos movimentos. Os excedentes, seriam desmobilizados e o exército seria dirigido por uma comissão militar permanente.
O acordo assinado na cidade queniana previa que, até 15 de Julho, fosse publicada a lei eleitoral. As eleições seriam em Outubro (antes da independência de 11 de Novembro) e as listas de candidatos seriam apresentadas até 60 dias depois de 1 de Agosto. Sabemos hoje que não foi assim.
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