Carmona, actual Uíge, Rua do Comércio, com o Hotel Apolo destacado. Na foto de
baixo, a mesma rua e o mesmo hotel, em foto do tempo, mas vista do lado oposto
Os dias de Carmona, há 39 anos (Julho de 1975), iam correndo, todos eles com um e outro incidentes, normalmente projectados sobre a tropa portuguesa - a que patrulhava a cidade e os itinerários. Dentro da malha urbana, a hostilidade era evidente e agravou-se a partir da altura em que fazíamos patrulhamentos mistos - as NT com militares dos movimentos (FNLA e UNITA), que integravam as Forças Mistas.
Uma noite, no cruzamento do Hotel Apolo, à Rua do Comércio, ia-se chegando a vias de facto, por causa de bocas mandadas, no caso aos homens das ditas Forças. Um deles, virou a arma a um grupo hostil (de civis) e não fôra a pronta intervenção do Almeida e do Marcos, em cima do Unimog, e sabe-se lá o que poderia ter acontecido. O caso já foi narrado neste blogue, AQUI.
As NT, ao tempo, eram «permanente alvo de críticas das populações brancas», que, e cito o Livro da Unidade, «sentiam-se marginalizadas e sem receberem quaisquer apoios, ou segurança, daqueles que ainda são, como afirmam, os lídimos representantes da Autoridade Portuguesa».
O que era, tal opinião, uma profunda injustiça, relativamente à tropa. Muitos de nós, todos os operacionais e alguns de Cavaleiros do Norte de outras especialidades, passámos centenas de horas em guarda da segurança das pessoas e bens da gente uíjana. Arriscando a vida, ninguém tenha dúvidas.
- ALMEIDA. Joaquim Figueiredo de Almeida, 1º. cabo atirador
de Cavalaria, do PELREC. Natural de Penamacor, faleceu a 28 de
Fevereiro de 2008, vítima de doença. Teria agora 64 anos.
-MARCOS. João Manuel Lopes Marcos, soldado atirador de
Cavalaria, do PELREC. Mora no Pêgo (Abrantes).
- NT. Nossas Tropas.
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